ODISSEIA 2001 versatilizado SPACE:1999 》ALVORADA - Parte III e Última

ADRIANO50

 

“À medida que se aproximam dele, uma pedra vivente rejeitada pelos homens, mas escolhida e preciosa para Deus, vocês mesmos, como pedras viventes, estão sendo edificados como casa espiritual para ser um sacerdócio santo, a fim de oferecer sacrifícios espirituais, aceitáveis a Deus, por meio de Jesus Cristo. Pois certa passagem das Escrituras diz: 'Vejam! Eu ponho em Sião uma pedra escolhida, uma preciosa pedra angular de alicerce, e ninguém que nela exercer fé ficará dececionado, jamais.' Portanto, é para vocês que ele é precioso, porque vocês são crentes; mas, para os que não creem, 'a pedra que os construtores rejeitaram, essa se tornou a principal pedra angular', ... ".

Primeiro de S.Pedro Cap.2 versículos 4 até 7 (extraído de Bíblia Sagrada)

Falar do filme cinematográfico "2001: A Space Odyssey" é, antes do mais, falar de um verdadeiro fenómeno de ficção científica. Primeiramente, estreara nos Estados Unidos a 3 de abril do ano 1968 (dois meses antes de eu nascer) e chegara a Portugal a 1 de outubro.

Este filme tem a proeza 'Kubrickiana' (realizador Stanley Kubrick = co-produção anglo-saxónica) de ser abordado sob várias formas, eu daria aqui destaque ao "existencialismo" como tónica de investigação filosófica para a exploração problemática da existência humana, centralizando-se na experiência vivida do indivíduo ou astronauta que conjuga a arte do "pensar, sentir e agir" num determinado espaço-tempo.

No entanto, a visão terrena do 'existencialista', tem como ponto de partida a sua 'angústia existencial', cuja sensação de pavor, desorientação, confusão ou ansiedade perante um mundo aparentemente sem sentido ou disturbado não se encaixa neste pequeno universo de "2001". Como tal, o filósofo existencialista dinamarquês Soren Kierkegaard (considerado o primeiro) tematizando a 'doença', o 'pecado', o 'desespero', a 'ansiedade', a 'liberdade' e a 'multidão' terá um sentido mais metafísico na série televisiva "ESPAÇO: 1999".

O 'Dolby Stereo' (2.0) estreara-se precisamente com este filme em cinema; o "surrealismo ou sobrerrealismo" também conota este filme, num contexto vanguardista, e com um toque psicanalítico 'freudiano' (Sigmund Freud 1856-1939), enfatizando o papel do 'inconsciente' perante o enigma do "Monólito". Estando a série televisiva "ESPAÇO: 1999" mais focada para o papel do 'subconsciente' da sua tripulação face ao desconhecido alienígena.

No entanto, a palavra 'surrealismo' terá sido criada pelo poeta Guillaume Apollinaire (1886-1918), jovem artista ligado ao 'cubismo', que tratava as formas da natureza por meio de figuras geométricas, representando as partes de um objeto no mesmo plano. Em que a representação do mundo passaria a não ter nenhum compromisso com a aparência real das coisas. Por outras palavras, os 'cubistas' passariam a representar os objetos com todas as suas partes num mesmo plano, frontal em relação ao espetador... aquele ecrã panorâmico do Centro de Controlo da 'Base Lunar Alpha' não é mais do que uma janela aberta nesse sentido para o espaço sideral, funcionando como um todo esclarecedor ou não, não devendo percecionar o 'meio-termo'. Em que os objetos eram decompostos nesse retângulo (ecrã) sem compromisso de fidelidade com a aparência real do "mundo para lá de Alpha"...

Portanto, para o pintor 'cubista', os objetos estruturantes são representados em três dimensões: numa superfície plana, sob formas geométricas e com o predomínio de linhas retas; como se movimentassem em torno deles, visionando-os sob todos os ângulos, percebendo-se todos os planos e volumes. Ao contrário do que se assiste em toda a série televisiva "ESPAÇO: 1999", o filme "2001 - Odisseia no Espaço" desenvolve uma 'sonoplastia' que foge da narrativa convencional, com poucos diálogos e cenas longas preenchidas maioritariamente por música clássica, composta pelos afamados Richard Strauss, Johann Strauss II, Aram Khachaturian e Gyorgy Ligeti. A valsa "Danúbio Azul", de Johann Strauss II traduziu-se no movimento de satélites artificiais em espaço orbital... e o famoso poema sinfónico de Richard Strauss 'Also Sprach Zarathustra' para retratar o desenvolvimento filosófico do Homem como espécie racional e inteligente.

Uma coisa é certa, este filme também se direciona para um público-alvo que acredita numa Criação Divina e não nas correntes dogmáticas/científicas de cariz 'evolucionista'... no ido ano de 1991 foi considerado cultural, histórica e esteticamente significante pela Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos, no sentido de ser preservado no National Film Registry.

Da minha postura em três atos, abdicarei do primeiro, porque não acredito em quaisquer teorias que fomentem a "Evolução das Espécies", o livro sagrado de Génesis demonstra que o ser humano foi criado à imagem e semelhança de Deus e que todas as criaturas viventes neste planeta foram criadas segundo a sua espécie e Deus enfatizou-o mais do que uma vez neste seu primeiro livro sagrado do pentateuco hebraico.

Nesta publicação irei retratar a segunda secção: AMT-1, em que um avião espacial da 'Pan Am' transporta (em 1999) o Dr. Heywood R. Floyd para a "Space Station V" em jeito de roldana (rodas giratórias) a orbitar a Terra, estabelecida como ponto de transferência da órbita da Terra para destinos como a Lua ou outros planetas, depois daqui partirá até à Base Lunar Clavius, onde ao que parece surgiram rumores de uma hipotética epidemia aqui... tornar-se-á inesquecível o contacto estabelecido por 'videotelefone' com a sua filha a enjeitar a ideia que futuramente as telecomunicações aproximariam as pessoas à distância de um televisor e em direto.

Note-se que esta estação desenvolve uma rotação periódica de 61 segundos e gira em torno da Terra a uma velocidade de 7823 metros por segundo... note-se que, a rotação desta estação gera gravidade artificial igual à da gravidade da Lua, para que os seus visitantes se ambientem primeiro; também possui dois hangares de acoplagem em cada lado do eixo de rotação. Já em Clavius, o Dr.Floyd tem uma reunião técnica, mostrando-se lamentar pelo encobrimento da história da desdita pandemia, dado que a sua missão é, de facto, investigar um artefacto recém encontrado e denominado de 'Anomalia Magnética Tycho Um' (AMT-1). Floyd entre outros peritos deslocam-se de transportador lunar até ao local onde se encontra o referido artefacto, ou seja, um monolito preto, imponente e de fisionomia retangular. O grupo examina-o e depois posam para uma fotografia na frente dele.

Mas... despoletam um sinal sonoro intenso, propagador, vindo do dito monolito... fino, estridente, cujos tímpanos humanos não suportam!! O escrtor Arthur C. Clarke estabelece-o como uma conexão entre o passado e o futuro da humanidade. Em contraste, por mais irónico que pareça, no passado dia 21 de novembro do recente ano de 2020, desta feita na realidade, um misterioso monolítico prateado (bloco de metal) foi detetado no deserto do Estado americano Utah (aonde existem muitas seitas religiosas), por uma patrulha que fazia uma ronda de helicóptero pelo local, onde Bret Hutchings explicara que um dos biólogos que se encontravam a bordo e realizavam contagem de carneiros selvagens o detetara. Esta informação foi desencadeada ao canal televisivo local KSLTV, que por sua vez, foi transmitido ao 'The Guardian'... esta peça metálica encravada no meio do deserto, dizem os visionários, funcionaria como um 'sinal' de que o 'fim do mundo está próximo' ou ainda 'o portal para outra dimensão está a abrir-se'.

Por outras palavras, estamos nos 'últimos dias' para a preparação de uma nova era!!

Já há quem adiante ser a 'conexão fática' com o previsto na "Teoria da Relatividade" de Albert Einstein do ido ano de 1905... chamar-se-ia a esta 'entidade' espaço-tempo?!!

Adiante, 'Clavius Base' é descrita como uma das maiores bases lunares permanentes, sendo a sua maioria estrutura subterrânea (para protegê-la de impactos de micrometeoroides e radiação solar), estando sob o controle da Agência Astronautica USAA e construída dentro da cratera que lhe dá o nome, a sul de Tycho e terá sido concluída no ido ano de 1994. A` superfície detém plataforma de pouso, torre de controle e estruturas de suporte auxiliares... entretanto, a espaçonave transportadora de Dr.Floyd desce na 'plataforma de pouso' de estrutura elevatória sob uma cúpula que se abre em 'pétalas' à medida que ela desce... numa câmara lenta harmoniosa e melodiosa a ditar o patamar científico a que o Homem chegara!!

Vamos retomar a escavação de Tycho no ido ano de 2001 aquando da descoberta do referido Monolito e em que o contacto externo com Clavius foi impedido... sempre que alguém tentava entrar em contacto com a supracitada Base, tudo o que conseguiria era ouvir uma gravação informando que as linhas telefónicas estariam temporariamente fora de serviço... porque uma epidemia havia eclodido na Base... após o tal 'breefing' com as autoridades lunares americanas em que o governo exigiu delas 'juramento de segurança' em relação a essa misteriosa laje preta (Tycho Magnetic Anomaly One), numa proporção dimensional 1:4:9, tendo sido a única a emitir um campo magnético, uma espécie de alarme de prevenção ou aviso... muito provavelmente, os humanos não deveriam ter deixado o seu lar?!!

Mas, será que este "Tycho Large Black Crystalline Monolith" tornar-se-ia numa 'metáfora dos tempos' a pontos de na terceira maior cratera do lado visível da Lua, com 245 quilómetros de diâmetro (153 milhas), ou seja, Clavius, onde a NASA achara Água a 26 de outubro do recente ano de 2020. Clavius observa-se bem da Terra após um dia do 'quarto crescente' ou já na fase de 'quarto minguante'. Christopher Clavius nascera no ano de 1537 e foi em vida um Jesuíta, matemático e astrónomo alemão, tendo sido um dos principais projetistas do calendário gregoriano moderno em plenos Descobrimentos Portugueses pelo Planeta Terra!!

A cratera de Clavius fica numa região acidentada e montanhosa, crivada de antigas crateras de impacto, em que as suas paredes internas são irregulares, apresentando deformações e um enorme declive. Já o seu piso extenso e plano apresenta resquícios de uma minúscula montanha, reunindo crateras mais pequenas. A profundidade de Clavius chega a atingir cinco quilómetros. Em jeito de curiosidade, Christopher Clavius entrara para a "Companhia de Jesus" aos 16 anos e depois de estudar em Portugal e em Roma, terá sido ordenado sacerdote no ano de 1564. Não esqueçam esta data, 26 de outubro do ano 2020, em que o Observatório Estratosférico de Astronomia Infravermelha da NASA, ou por outras palavras, 'SOFIA', anunciara a descoberta de água na Lua e ao que tudo indica deve estar distribuída pela superfície lunar e não apenas limitada ao gelo em locais sombrios.

O diretor astrofísico da NASA, Paul Hertz, disse à altura que ainda é cedo para saber se essa 'água' que foi encontrada na cratera Clavius, no hemisfério sul da parte iluminada é acessível, ou seja, a superfície poderá ser mais dura nesse sítio, a pontos de poder prejudicar 'rodas' e 'brocas'... De facto, os recursos hídricos poderão facilitar futuras missões à Lua, como também para sustentabilizar vida humana lá... SOFIA planeia empreender locais adicionais de água e estudar como é que a água é produzida, armazenada e movida pelo nosso satélite natural. E como se move a altitudes de cerca de treze quilómetros, consegue assim ficar acima de 99% do vapor de água na atmosfera, observando melhor o universo infravermelho. Com o instrumento Saint Object infraRed CAmera for the SOFIA Telescope (FORCAST), o observatório identificou o comprimento de onda específico das moléculas de água e os dados mostraram que havia uma quantidade relativamente surpreendente na Cratera Clavius ensolarada: "Nós já tínhamos indicações de que a água que conhecemos poderia estar presente no lado iluminado da Lua, e agora sabemos que está lá", disse Paul Hertz (diretor da divisão de astrofísica no Science Mission Directorate, da NASA). Os dados mostram que a água se encontra concentrada entre 100 a 412 partes por milhão, o equivalente a uma garrafa de água de 300 ml e, por conseguinte, presa em um metro cúbico de solo espalhado pela superfície lunar. Como comparação, é uma questão de considerar-mos o deserto do Saara, que detém cem vezes a quantidade de água encontrada em solo lunar. Como a Lua não tem atmosfera, é suposto que essa água sob a luz solar já deveria ter sido perdida para o espaço. "Mesmo assim, estamos observando-a. Tem algo a gerar a água e algo prendendo-a lá", disse Casey Honniball, da ASA Goddard Space Flight Center. Note-se que, Christopher Clavius no ano de 1560 ao observar um eclipse solar total como estudante inspirou o trabalho da sua vida: a Astronomia. O jesuíta Billy Critchley-Menor escreveu em 'América' que Clavius foi até chamado de "Euclides do Século XVI" e influenciara Galileu em termos de Astronomia, muito embora ele tenha concordado cum um sistema solar geocêntrico, acreditando que os céus giravam em torno da Terra. Note-se também que, até ao ano de 1616 os Jesuítas tinham sido o maior suporte científico de Galileu e muitos desses membros da Companhia de Jesus têm sido 'instrumentos' no trabalho do Observatório do Vaticano em Itália.

Só mesmo para terminar, será que a dita água lunar poderá estar presa em pequenas estruturas no solo, que se formam pelo calor gerado devido ao impacto de micrometeoritos ou poderá estar escondida entre grãos de solo lunar e, por sua vez, protegida pela luz solar?!

"... e foram edificados sobre o alicerce dos apóstolos e dos profetas, sendo o próprio Cristo Jesus a pedra angular de alicerce."
Aos Efésios Cap.2 versículo 20 (extraído de Bíblia Sagrada)

Desejo a todos leitores uma excelente Páscoa em Memorial à Morte e Ressurreição do nosso Rei e Salvador Jesus Cristo.

Até ao próximo dia 5 de abril para a continuidade desta temática que constituirá num todo doze publicações.

Adriano Ferreira - Associado da Associação de Astronomia Amadora "Alpha Centauri"