Editorial 29-02-2020

Histerias

E de repente, parece que o país entrou em histeria. É óbvio que sempre assim foi: basta um qualquer mandar duas bacoradas para o ar para ter logo uma quantidade de seguidores histéricos que até mete aflição.

O caso Marega é sintomático. Nele não houve nada de racismo mas tão somente de futebol: o uh,uh,uh de meia dúzia de assistentes não é pior nem melhor que o chamar todos os nomes feios aos árbitros e aos adversários, em que o menor talvez seja “filho da puta”; mas são epítetos que, acabado o jogo, se esvaem, perdendo-se nos ares. Como diz o povo, “palavras leva-as o vento”: dar-lhes importância é idiotice; ligar o ulular a racismo é pura parvoíce.

“Sintomático” é também o que aconteceu no Bayern-Hoffenheim, um “racismo” especial com tarjas a insultar… O pior é que o ofendido é da mesma cor que os ofensores. Mas o jogo parou

Dizia Ribeiro dos Reis, fundador com Cândido de Oliveira do jornal A Bola, que “futebol sem correcção não é desporto”, e eu, em ar de gozo, parafraseava que “futebol sem porrada não é desporto”, porque o futebol tem uma “linguagem” própria dentro de campo e outra nas bancadas. E são estas duas linguagens que atraem o público; quando elas acabarem, ou ou mesmo só uma delas. o futebol desaparece.

A outra histeria que por aí grassa é a do “vírus chinês”, que parece ter enlouquecido os nossos governantes e outros seguidores: a directora do SNS, Graça Freitas, nunca se viu noutra, nunca teve tamanha felicidade para dizer asneiras, para expor previsões do Covid-19 poder vir a atingir um milhão de pessoas em Portugal; e tudo com risinhos encantadores e encantatórios. É o papão de mais uma pandemia, como a outra que não aconteceu apesar de bem badalada para “alguém” que quis ganhar bom dinheiro… Vá lá: a “desajuizada” marta Temido parece que se está a resguardar…

Vergonhoso foi o que aconteceu com os motards num funeral de amigos ao cercarem a polícia sem que nada lhes tivesse sucedido; vergonhoso é o que tem sido publicado acarca de juízes. Aos motards, além de uns castigos justos, deviam “capturar-se-lhes as motas; aos juízes prevaricadores, demissão compulsiva sem direito a qualquer reforma.

Resumindo, o “racismo” está aí mas só em certas cabeças que não param para pensar. O Corona, também, mas joga no F. C. Porto; e em Vitalino Canas, íntimo de Sócrates, há quarenta anos a preparar-se para o tribunal constitucional sem dizer nada a ninguém, e a criar dissidências no “desgoverno”.

Calma e juízo, precisam-se!

ZEQUE