Editorial 02-06-2018

 

COIMBRA, SEMPRE!

Vão anos, dezenas muitas, em que, com as crises económica, financeira e política instaladas, o Brasil se esvaía em gentes e recursos.

Urgiu inverter a situação, e por vários sítios foram espalhados cartazes a alertar os cidadãos para a necessidade de arrepiar caminho; não como os de Cuba de Fidel sempre a lembrar ao povo carente e esfomeado que “A revolução continua”, e continuou décadas sem fim à vista, antes a apelar ao sentimento patriótico inserto na sua bandeira, "Ordem e Progresso". No aeroporto do Rio de Janeiro, por onde entravam e saíam milhares de pessoas diariamente, havia uma tarja enorme em que se podia ler: “BRASIL, AME-O OU DEIXE-O”!. (https://youtu.be/SPXLFs0USho), E o Brasil salvou-se.

Coimbra é o caso típico de uma cidade que corre a duas velocidades: “5” e “R”. Na quinta velocidade, quase sempre engatada – e espera-se que enfrene de vez a sexta, está a Universidade – e na sua peugada, o Instituto Politécnico – num contínuo de descobertas mundialmente aplaudidas, um incómodo para o governo do kamarada Kosta, que não consegue escamotear o seu ódio à Lusa Atenas cidade.

No sentido inverso core a edilidade, constituída por boa gente, diz-se à boca cheia, mas pouco mais que inútil; com uma ou outra excepção à regra, o que só a confirma. Se não, veja-se e pasme-se quem ainda tenha capacidade de o fazer.

Os EUSA Games estão aí à porta – que raio de nome; por que não EUSA Jogos? – e, por falta da “dotação” camarária – a parte que competiria à edilidade está atrasada, falha-se mais uma vez a possibilidade de propagandear a cidade e a região. Tivessem cabido a organização dos jogos a Lisboa, Porto, Braga ou Viseu, ver-se-ia qualquer delas engalanada principescamente com alusões ao evento. Mas por cá, nada. A não ser, consta, o possível arranjo de algumas artérias ou afins, escondidas ali para os lados da Sofia, montras “apelativas” para trazer à urbe a “festa” da Capital Europeia da Cultura de 2027 ou das calendas conimbricenses, a sempre preferida de Machado, note-se, tal como foram registadas as da construção do aeroporto ou do metro do Mondego.

A Coimbra municipal corre a velocidade “R” com a destruição em série das caixas de velocidades, tanto o frenesim machadístico de querer fazer, fazer e fazer, sem saber como nem o quê: ele não sabe que, na manete das mudanças o “R” não indica uma velocidade “rapidíssima”, mas sim a “posição de marcha-atrás”.

COIMBRA, AMA-A OU DEIXA-A!

Valha-nos Santo Ambrósio!

ZEQUE