Como falar de ti Silves

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Sem que uma lágrima me caía

Como a do enamorado enternecido.

Ou de ti, Sevilha,

Sem um suspiro de ansiedade?

Sois terras vestidas, pela chuva fina,

Com a túnica da mocidade,

A mocidade que se desvaneceu

Quando me furtou meus amuletos

Assaltou-me a memória dos amores ardentes

Como se me consumisse um lume violento,

No mais profundo deste meu coração.

Oh noites minhas de antigamente!

Que me importavam censuras dos críticos!

Nada me desviava do amor mais louco.

A insónia vem-me de uns olhos lânguidos.

E sofro por uma silhueta de esbelto talhe...

                                                  Al-mu’tâmid