Britiande

É interessante conhecer a diversificada origem de lugares em terras de Portugal, que outrora, quiçá, tiveram mais importância que actuais Concelhos e capitais de Distrito.
 
Tal curiosidade parece constituir um manancial de cultura para os que se interessam por séculos de História marcada em cada quadrado (cm, por vezes) a que os nossos compatriotas Historiadores deviam, devem e deverão dedicar alguma atenção.
 
O exemplo anexo parece típico e com potencial para atracção turística, não apenas nos habituais festejos das "férias grandes".
 
Ribeiro dos Santos

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Já se chamava Britiande o lugar onde Egas Moniz tinha a sua casa, ou a denominação foi-lhe atribuída em consequência de, mais tarde, D. Afonso Henriques ter ordenado aos seus soldados que britassem as nozes e andassem (que tinha pressa) ?

Dúvidas para pesquisa de Historiadores nados na região.

RS

Sede de concelho até ao início do século XIX, Britiande é uma das freguesias do concelho de Lamego que revela vestígios da presença dos romanos na região, como a conhecida Quelha da Azenha. A lenda mais conhecida desta vila é a que lhe deu nome: chama-se assim – Britiande - porque quando D. Afonso Henriques ali passou à frente das tropas, havia nozes pelo chão. Vinha com pressa, mas os soldados arregalaram o olho. E deu esta ordem: “Brite e Ande”.

“Em artigo anterior defendi que D. Afonso Henriques nasceu no Douro, em Britiande-Lamego, em casa de Egas Moniz. O facto de o título aparecer de forma dogmática (saíu sem o ponto de interrogação...), não me parece grave, pois os próprios argumentos a favor do nascimento em Viseu são, precisamente, argumentos a favor de Lamego.
Quando Almeida Fernandes, o pai da hipótese de Viseu, descobre, como prova, que D. Teresa viajava em serviço de soberania pela Região e ficou retida em Viseu com «impedimento físico» (dores do parto...) está a milímetros da verdade lógica dos acontecimentos!
Tão perto que a verdade lhe desfoca a visão!
É que, em Viseu (ou Mangualde, ou Fráguas, ou Vila Nova de Paiva...), não existe quem possa receber a ilustre soberana visitante, nem onde! Viseu era um burgo sem personalidades nem estatuto!
Nem foral tinha (só em 1126), o que está em dissonância com a honra de poder receber tão ilustre recém-nascido!
Que distância vai de Lamego (Britiande) a Viseu?
Ou a Mangualde, ou a Frágoas? ou a Vila Nova de Paiva – terras onde a documentação diz que D. Teresa viajava na altura do parto?
Bem perto de Viseu – isso sim! – mas em Britiande, vivia o nobre casal, escolhido com a devida antedência para criar o menino!
Diz Duarte Galvão e outros cronistas antigos:
– «Depois que o Conde D. Henrique foi casado com a Rainha D. Tareja (...) vindo ella a emprenhar, D. Egas Moniz mui esforçado e nobre Fidalgo, grande seu privado, que com elle viera da sua terra, e a quem tinha feito muita mercê, chegou ao Conde pedindo-lhe que qualquer filho, ou filha, que a Rainha parisse lho quizesse dar para o elle criar, e o Conde lho outorgou».
E, assim, impõe-se uma pergunta bem simples a cada duriense que se preze:

 

– Estando já “outorgada”, ao nobre casal de Britiande, a criação do bebé...
– ... e encontrando-se D. Teresa parturiente na zona (Viseu, etc.)...
– ... por que razão o menino não foi “parido” já na (sua) casa dos futuros “pais”? A História faz-se de acontecimentos, que é preciso provar.
Mas, na falta de documentação inequívoca, a lógica factual deve sobrepor-se à frieza desarticulada das datas e dos nomes.
Se os factos ditam que a Rainha se encontrava na zona como pré-mamã e não apenas no seu múnus administrativo de soberania, a lógica dos factos é a favor de Britiande-Lamego e não de Viseu!
A mesma lógica factual até nos abre caminho para irmos mais longe:
Quando se aproximava a hora de dar à luz, a soberana decidiria aproveitar a necessária e inadiável deslocação a Casa de Egas Moniz para despachar na Região os assuntos pendentes – de que os historiadores falam, mas sem ligarem o parto a Egas Moniz, como deviam. “

Por Altino M. Cardoso, Dr.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

 

Britiande é uma freguesia portuguesa do concelho de Lamego[3], com 4,80 km² de área e 934 habitantes (2011). A sua densidade populacional é 194,6 hab/km².

Foi sede de concelho até ao início do século XIX[4], e foi capital de distrito. O pequeno município era constituído apenas pela freguesia da sede e tinha, em 1801, 363 habitantes.

Foi nesta vila que Egas Moniz nasceu e onde se pode visitar a sua casa.[carece de fontes]