PARA QUE SERVE UM CONSELHO ESTRATÉGICO MUNICIPAL PARA O DESENVOLVIMENTO DE COIMBRA E UM CONSELHEIRO COMO MEMBRO ATIVO?
Unidade Local de Saúde de Coimbra, E. P. E. (Edição Especial Queima das Fitas de Coimbra 2025 - Saúde Recomenda-se)
PARTE "B"
A Dra. Ana Rita Rodrigues, consultora do nosso Município para a área da Saúde, apresentara de seguida ao CEMDC, nesta reunião de Conselho do passado dia 12 de julho nas instalações dos Hospitais da Universidade de Coimbra - ULS de Coimbra, os eixos estratégicos do "Plano Municipal de Saúde de Coimbra 2022-2025" e, por conseguinte, a fase de implementação em que se encontram as diversas ações, lembrando que o referido plano fora elaborado, reparem bem, ainda antes de começar a descentralização de competências na área da Saúde para as autarquias. E referia: 'Temos tudo à mercê, não só para o tratamento, mas para a prevenção dos cuidados de saúde', 'a cidade tem de estar preparada porque as famílias vão procurar-nos e é aí que entra o Turismo da Saúde'.
Já na sequência desta intervenção, a Dra. Ana Moita Francisco, Consultora do Município para a área do Turismo, dera conta das áreas em que estão a ser trabalhados produtos turísticos no concelho, com particular enfoque no "Turismo de Saúde e Bem-Estar", com cinco eixos de Ação 》
a) Programas Âncora = Património, Eventos b) Programas Transversais = Comunicação e Promoção, Capacitação (qualificar recursos humanos e agentes turísticos)
c) Inovação = onde os empreendedores / criativos e a tecnologia se associam a experiência turística. Health & Wellness Tourism, a ponto de um Bem-Estar Específico.
Note-se, a Dra. Ana Moita Francisco levantaria três questões pertinentes aos conselheiros, que serviriam de mote à discussão que se seguiria:
'Em Coimbra, existe um mercado real ou potencial para o Turismo de Saúde e Bem-Estar? Quais as principais barreiras a superar para promover e para operacionalizar o 'turismo de saúde e bem-estar' em Coimbra? Qual o contributo dos intervenientes públicos e privados para promover este turismo?'
Já mesmo a terminar esta reunião, o Vereador do Empreendedorismo, Investimento e Emprego, Dr. Miguel Fonseca, desafiaria os conselheiros para a criação de um grupo de trabalho, no sentido de preparar-se a importante candidatura de Coimbra a "Região Empreendedora Europeia (EER) 2026". Desafio esse, que fora automaticamente aceite pelos representantes da Universidade de Coimbra / Politécnico de Coimbra / Instituto Pedro Nunes / INOPOL (incubadora de empreendedorismo do IPC) e Centro Tecnológico da Cerâmica e do Vidro (CTCV). Também de acrescentar, que este Conselho contou pela primeira vez, com um representante da Fundação Bissaya Barreto e teria como convidados representantes dos grupos privados, o setor da 'Saúde Luz' e 'Domus VI'.
Só para reforçar, é de notar também, que entre janeiro até maio do ano passado, a ULS COIMBRA efetuara 648.295 Consultas médicas (50,5 % das quais não presenciais) e 319.272 consultas por pessoal não médico; 415.748 consultas médicas hospitalares (Cuidados Hospitalares) e 54.995 sessões de 'Hospital de Dia'; 31.247 visitas domiciliárias; 112.120 atendimentos na Urgência e 22.072 Internamentos; 22.389 doentes operados e 1993 partos.
Portanto, a área de referência da ULS de Coimbra é das mais extensas do país, sendo cerca de 365 mil pessoas residentes em 21 concelhos.
Já as Redes colaborativas entre 'players' multissetoriais são essenciais para garantir a articulação entre soluções especializadas e uma resposta de proximidade às necessidades da população. Digam os entendidos, a colaboração é um dos fatores mais relevantes para uma abordagem holística na Saúde, sendo crucial para melhorar o estado de saúde da nossa população e reverter a abordagem 'hospital-concêntrica'. E adiante, com o reforço dos serviços sociais, parcerias com instituições privadas e colaboração com a Academia e Investigação Clínica, e respetiva Articulação com os municípios.
Mediante isto, e só mesmo para terminar este segundo artigo e penúltimo sob esta temática, serão Sete os Eixos Estratégicos:
1 - Capital Humano;
2 - Prevenção e Proximidade;
3 - Excelência Assistencial;
4 - Respostas Integradas e centradas no cidadão;
5 - Ensino, Investigação e Diferenciação;
6 - Sustentabilidade e Mobilidade;
7 - Redução do desperdício e Controlo de gestão.
Em termos de Percursos Assistenciais de Cuidados, o percurso do doente é traçado desde a suspeita de novos diagnósticos até ao acompanhamento automático fora da unidade, e também existe um Percurso Clínico Integrado para pessoas com doença crónica.
Até ao próximo artigo "C" e último debaixo desta reunião de Conselho.
Dr. Adriano J. M. Ferreira - Conselheiro Estratégico Municipal para o Desenvolvimento de Coimbra