FACE REVELADA DO CHEGA

FACE REVELADA DO CHEGA1

 

A menos de três semanas das eleições na UE, a extrema direita da Europa parece estar em crise depois de o Reagrupamento Nacional (RN), partido de Marine Le Pen atualmente liderado por Jordan Bardella, afirmar que não se sentará ao lado do partido alemão Alternativa para a Alemanha (AfD, na sigla em alemã) na próxima legislatura, no próximo Parlamento Europeu. Os dois partidos integram a família Identidade e Democracia (ID), do qual o Chega também faz parte.

«Após as recentes declarações da AfD, não estaremos sentados com eles durante o próximo mandato no Parlamento Europeu» afirmou Caroline Parmentier, legisladora do RN francês e assessora de imprensa da campanha para deputados na União Europeia confirmando um relatório publicado no jornal francês Libération .

O partido francês, liderado por Marine Le Pen, passou anos a tentar atrair os eleitores tradicionais e a distanciar-se do seu passado de extrema-direita, enquanto a AfD tem assumido posições cada vez mais duras.

A decisão francesa baseou-se numa entrevista onde Maximilian Krah afirmou ao diário italiano La Repubblica , na qual o principal candidato da AfD disse que “nunca diria que alguém que usasse um uniforme da SS era automaticamente um criminoso”. Fazendo uma referência ao romancista alemão Günter Grass, que admitiu no final de sua vida, ter ingressado na Waffen-SS ainda adolescente. Mas generalizando a todos quantos pertenceram às SS nazis no que foi um dos maiores crimes contra a humanidade.

Ora tanto o Chega, como o partido francês, RU e o alemão, AfD, são membros do grupo Identidade e Democracia (ID) no Parlamento da UE. Até ao momento O Ponney não tem informação se o partido da Marine Le Pen, RU, está a planear deixar a família política europeia ID ou se tentará expulsar o partido de extrema direita alemão que desvaloriza o que as SS fizeram contra a humanidade. O que é claro é que o partido português Chega, que faz parte desta família política da União Europeia, não se revê na posição defendida pelo partido francês. Mantendo-se junto do partido alemão que fez esta declaração.

André Ventura declarou na quarta-feira passada (22 de Maio) que vai manter relações política com a Alternativa para a Alemanha (AfD), apesar das declarações polémicas sobre o regime nazi. André Ventura diz apenas que não se revê nas declarações.

«Eu não me revejo nas declarações que foram feitas, eu não o diria, mas o Chega faz parte de uma família política que quer sem dúvida mudar a Europa na luta contra a corrupção, na luta por fronteiras seguras e contra a imigração.»
Reforçando a sua postura como a ideia: «Não vou concordar a 100% com o que todos dizem, mas não há nenhum grupo europeu que o faça.»

Pelo lado da posição francesa, Marine Le Pen, líder doReagrupamento Nacional em França, considera que não há margem para tolerar, diferente de Ventura, e desfez a aliança com o AfD por considerar urgente estabelecer um cordão sanitário a quem tem posições complacentes com forças protagonistas do regime nazi.

O AfD, partido de extrema direita alemão, e o partido de Marine Le Pen são as duas maiores forças políticas do Identidade e Democracia, um dos grupos de extrema-direita no Parlamento Europeu com forças políticas que têm ligações à Rússia e posições anti-União Europeia. O Chega faz parte desta família política desde 2020 e tomou a decisão de entende de pouco relevo o “branqueamento” do braço armado do Nazismo feito por alemães.

AF