Editorial 24-09-2022

Coimbra e a Académica

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Esta semana foram anunciados dois projectos que transmovem Coimbra para o futuro, que vão trazer também mais projecção internacional, em virtude de, as duas empresas, serem multinacionais.

A Airbus é uma empresa aeroespacial europeia.

A Olympus lidera, na área do equipamento médico, soluções científicas e máquinas fotográficas. É japonesa e foi criada em 1919, estando já a funcionar no Parque Industrial – IP.

Estas duas empresas, de início e na totalidade, criam cerca de 400 postos de trabalho qualificado.

É deste tipo de empresas que Coimbra precisa para sair do marasmo empresarial a que foi votada pela má gestão empresarial do ex-presidente da CMC, senhor Manuel Machado, um autarca sem visão de futuro e desconhecedor do seu presente.

O “O Ponney” saúda o Dr. José Manuel Silva, actual presidente da edilidade que tem demonstrado um certo apoio e a mentalidade aberta para captar investimentos destes e de outros tipos.

Coimbra, não nos cansamos de o afirmar, tem todo o potencial para acolher estas empresas topo de gama. Tem provas dadas, e já é, com certeza e por metro quadrado, uma das maiores concentrações de cientistas de nomeada em todo o mundo; tem, também, a maior incubadora do País, o Instituto Pedro Nunes, o que os maldizentes tendem a ignorar com intuitos menos claros, para não dizer obscuros.

Coimbra não ganhou a “sede” do SNS, que por direito parecia pertencer-lhe. Deixou-a fugir para o Porto. Obviamente que não se pode ter tudo, principalmente quando há os “minadores” invejosos e ciumentos, externos e internos.

 

A nível interno é de saudar o protocolo de cooperação assinado entre o CHUC e a FMUC, que visa resolver uma lacuna de décadas entre as duas instituições.

O protocolo agora assinado vai permitir maior articulação entre docentes e alunos no acesso aos dados clínicos dos doentes.

 

E agora a ACADÉMICA!!!

Que TRISTEZA, que DOR, que MÁGOA.

Segundo o Diário das Beiras, jornais a Bola e o Jogo, a actual Direcção, informou hoje, que vai pedir a insolvência da SDUQ.

Como foi possível chegarmos a esta situação?

Que responsabilidade pode ser atribuída à Direcção do senhor engenheiro Pedro Roxo?

As dívidas acumuladas ao Fisco, Seg. Social e outros são exorbitantes. Não foi esta Direcção que as contraiu, está em funções desde o dia 4 de Junho p.º p.º.. Como tal, as mesmas só podem ser atribuídas à Direcção cessante. Direcção que conseguiu o impossível: mandou a ACADÉMICA para a 3.ª Liga, sem património, que delapidou, e crivada de dívidas.

“Obrigada” ao senhor engenheiro Pedro Roxo e Companhia por terem conseguido a proeza de enxovalharem a velhinha Instituição, venerada por milhares de pessoas e respeitada em todo o Mundo.

Cabe agora ao Ministério Público aprofundar os meandros do todo o processo do descalabro.

 

O Ponney a caminho dos seus 100 Anos, NUNCA “pensou” que um dia haveria um Editorial com tal desgraça.

 

Vamos unir-nos, esquecer o que passou e tentar reerguer a ACADÉMICA. Há que honrar o seu passado.

 

ACADÉMICA SEMPRE E SÓ

 

Maria Leonor Correia.

Foto: Turismo da Universidade de Coimbra