Editorial 22-06-2019

Tempos esquisitos

 

Nem parece verão. Bem sei que é o segundo dia – o primeiro para alguns – do primeiro solstício ano, e aqueles que sonhavam com um dia cheiinho de sol, acordaram com nuvens a sobrevoarem as suas cabeças, entristecendo-se.

Tristeza o que por aí ocorre: Tancos é o mistério que ninguém quer desvendar: dizem-no as conclusões; Berardo goza que se farta: burlou os bancos e o estado com a ajuda de certo(s) advogado(s); de Salgado soube-se ter bens de valor incalculável num armazém arrendado; Teixeira dos Santos e Sócrates andam de costas voltadas, ódios de estimação surdos e mudos; e Vara remói vinganças atrás das grades, a que, com alguma impaciência, não vê chegar ninguém.

Apesar de ver o país a afundar-se a cada dia que passa – o SNS, os transportes colectivos, etc., bateram no fundo – o povo continua a preferir o PS aos demais partidos. Na verdade, quando tudo indicaria que BE e PCP, pelas propostas sociais apresentadas na AR subissem em flecha, eis que o PS, o partido mais à direita do país, se aguente, e suba o PAN, o partido dos animais, que ninguém – nem talvez os próprios – sabe para que existe nem o que, verdadeiramente defende.

O PSD afunda-se cada vez mais desde que Rio se “ofereceu” para muleta de Costa. Táctica? Hum!!!

Se pusermos de parte o banho que levou nas eleições para o parlamento europeu, é verdade que Rui Rio nunca perdeu umas eleições. Mas isso foi lá no Norte. No Sul, onde cada um está sempre pronto para espetar uma faca nas costas dos adversários. e até dos amigos, é diferente: é necessário saber jogar com muitas armas, algumas das quais estão, por inaptidão e desinformação, fora do alcance de um Rio muito senhor do seu nariz, especado numa zona de águas paradas, sem enxurrada à vista para as empurrar.

Centeno continua a sorrir; apesar de o empurrar cada vez mais para a mediocridade, o povo estima-o e deseja que continue. Quem sabe se não será o próximo primeiro-ministro.

Em Coimbra, o metro continua a ter cada vez menos centímetros. Daqui a vinte anos, no mínimo, irá para a estrada.

Faz hoje 50 anos que a Académica disputou a final da Taça de Portugal com o Benfica. Eu estive lá com os “Farfanhos”; uma final inesquecível, a recordar por todos os motivos e mais um.

ZEQUE

 

 

 

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