Editorial 21-07-2018

 

De perder a cabeça

Francamente que me não dá gozo nenhum escrever coisas desabonatórias sobre os edis de Coimbra, ou melhor, sobre uns certos edis, culpa única é a de se terem apresentado a votos e não de que gente impensante neles tenha votado. Enfim! Só que essas pessoas, com os seus erros constantes, ou, pior ainda, com o desprezo majestático por quem os elegeu, teima em só fazer asneiras. Melhor seria que ficassem quietinhas,

Olha-se o “Jardim Mendes Silva” ali para os lados da Solum e sente-se vontade de bolçar meia dúzia de palavrões a sério elevada a “n”, e não na forma eufemística; olha-se a parada Via Central e pensa-se que melhor seria, para aproveitar o tempo, esclarecer certas dúvidas arqueológicas sobre a história da cidade, sendo certo que não seria de admirar que aparecessem os restos mortais de D. Cindazunda – ou Lindabunda? – e de outros nobres, cooptando depois os resultados do ADN para encontrar os seus descendentes.

Por cima do terreno a adquirir para a construção do aeroporto já voam aviões. De papel, pensa-se. Ou drones. Aviões a sério voam mais sobre a zona da Figueira da Foz, uma possibilidade a ser apreciada por compadres.

Giro, giro: Costa “ofereceu” meia dúzia de embarcações à marinha da tropa, a entregar no prazo de seis anos. Lembrei-me dos submarinos; Sócrates encomendou-os , mas quem andou nas bocas do mundo, quer dizer, da imprensa engajada, foi Portas.

Lê-se na Visão que mais de quinhentos mil euros de donativos destinados a suprir prejuízos verdadeiros foram parar às mãos ou à carteira de gente (?) sem direito.

Marcelo, sempre bonzinho, quer o assunto esclarecido; eu quero ver essa gente castigada, devolvendo em dobro o dinheiro que indevidamente recebeu. Há coragem para isso?

Não sei se, mercê de qualquer fanfarrice, veio a terreiro ir o nosso (?) país acolher o terceiro centro líder na investigação sobre o cancro e no desenvolvimento de novas terapêuticas START, que ficará instalado no Hospital de Santa Maria, também  apelidado Centro Hospitalar Lisboa Norte pelos ateus, laicos e “balalaicos”.

Como se gaba o empreendedor ministro da pouca saúde de que o país goza, será“o maior investimento estratégico alguma vez feito em Portugal na área de ensaios clínicos oncológicos. Um investimento extraordinário direcionado a Coimbra que, mais uma vez, a capital da bolota surripiou a esta cidade.

Até quando continuaremos a aguentar estas desfeitas, este contínuo empobrecimento de Coimbra em relação a Lisboa e às demais capitais de distrito?

Portugal só voltará a ser Portugal quando a Coimbra regressar a capital que oficialmente lhe pertence e um D. Afonso I correr com os moiros de Lisboa.

O movimento está e, marcha, pois, na verdade, a Cindazunda lá se aguenta firme na Fernão de Magalhães.

                                                                                                                                                                                                                                                         ZEQUE