Editorial 13/06/2025

EDITORIAL13 06 2025

SEXTA-FEIRA DIA 13!

Falar sobre as consequências da coincidência de se juntar a sexta-feira com o dia 13 é inevitável. Confesso que estou no grupo de pessoas que acreditam, sem se preocuparem em provar a razão da sua crença, onde este momento reduz a separação entre o mundo terreno com outro mais eterno. Sendo este dia propenso a juntar desígnios não racionais, mas que cumprem uma missão superior. Também por isso o acontecimento histórico que nós, os crentes, associamos o número 13 a eventos negativos para a ordem dos Cavaleiros Templários, dado que, esta Ordem Religiosa, foi perseguida e torturada numa sexta-feira, dia 13 de Outubro de 1307. Mas que deu oportunidade a Portugal poder iniciar os Descobrimentos e de apresentar o pequeno mundo a um Mundo maior. Quase numa predestinação.

‘Coincidências’ - afirmam os céticos - talvez tenham razão!
Ou talvez a autoconfiança de verem o mundo como algo, apenas, racional não os deixem ver mais longe. Como viram os nossos antepassados antes de construirem caravelas e de se lançarem ao mar apenas com a crença pintada nas velas. Com a “coincidência” de ter apoio de um rei português que pertencia à Ordem de Cristo (a ordem que escondeu os Templários das perseguições do Vaticano).

Também é certo que sempre me fez espécie o valor – quanto a mim exagerado – que costuma atribuir-se à autoconfiança, em parte pelas dúvidas existenciais que sempre me assaltaram. Por saber também que um ignorante autoconfiante não deixa de ser ignorante, e a autoconfiança só lhe agrava o defeito.

Sem crença na nossa própria ignorância, de que não sabemos tudo, numa única obediência ao paradoxo socrático de que «só sei que nada sei», não se pode governar bem em democracia. Na minha opinião, esta falta, é a base dos erros políticos que chega a ser bem mais grave do que o abuso de poder ou da corrupção.
Sim a falta de humildade intelectual, sobretudo de um governante eleito, é bem pior do que as ações de abuso de poder ou da corrupção. Os abusos de poder e corrupção são consequências da falta de humildade intelectual, mas também pode haver apenas humildade intelectual sem que se manifestem as duas consequências mais visíveis. Por isso mais perigosa a falta de humildade.

Por isso iniciamos com o artigo «VÃO CONTINUAR OS CORTES DE ÁRVORES EM COIMBRA?» onde continua a falta de humildade intelectual. O descontrole da autoconfiança valida a absoluta ignorância que se traduz em arrogância política. Como consequência: temos uma comunidade mais pobre.

Depois temos a desorganização, devido ao labirinto da burocracia, que aparenta organização, mas que acaba por se mostrar ineficaz. O artigo «A QUESTÃO DOS SAPADORES FLORESTAIS EM COIMBRA» é um dos exemplos.

Fechado na arrogância temos a governação nacional que se revela quando se compara a comemoração do «DIA DE CAMÕES E DAS COMUNIDADES EM COMPARAÇÃO COM O ANO ANTERIOR».

Esta falta de humildade intelectual e uma cada vez maior pobreza intelectual dos governantes em Portugal leva-nos aos dados que confirmam a «CORRUPÇÃO EM PORTUGAL AO NÍVEL DO BOTSWUANA E DO RUANDA». O que é muito triste é vermos cada vez mais este problema a crescer sem que se entenda que a raiz está na humildade intelectual.

Por fim apresentamos um mal que está a corromper a sociedade do futuro com o artigo «INCENTIVO À VIOLÊNCIA CONTRA MULHERES» e onde Portugal fica paralisado perante este crescimento de células cancerígenas.

Nos artigos de opinião, abrimos com o artigo de autoria de José Vieira, Jornalista e Presidente da Mesa da Assembleia Geral da APMEDIO (Associação Portuguesa dos Media Digitais Online), que nos traz um assunto que vai abalar a democracia em Portugal.

Manuela Jones, a nossa mais apoiante do nosso jornal, traz-nos «O LENDÁRIO POÇO DO ALMEGUE: LENDAS DA FREGUESIA DE SANTA CLARA». Mais do que uma curiosidade é a preservação da nossa cultura.

Neste período de greves dos motoristas dos transportes municipais, sendo assunto de grande polémica, trazemos o artigo de Sancho Antunes. Um artigo para refletirmos todos com o título: «NOS TRANSPORTES PÚBLICOS NÃO HÁ “ELES” E “NÓS”!». Pois a luta dos direitos laborais também é a luta da própria comunidade municipal de Coimbra.

O licenciado, Adriano Ferreira, traz-nos um artigo de opinião com seguimento sobre «PARA QUE SERVE UM CONSELHO ESTRATÉGICO MUNICIPAL PARA O DESENVOLVIMENTO DE COIMBRA E UM CONSELHEIRO COMO MEMBRO ATIVO?». talvez se encontre no texto a resposta à pergunta.

Outros artigos aguardam o vosso espírito crítico.

Para todos quantos entendam criticar ou elogiar, agradecemos que nos enviem para o endereço de e-mail d’O Ponney :
info@oponney.pt

Saudações conimbricenses;

José Augusto Gomes
Diretor do jornal O Ponney