Editorial 12-01-2019

Ano novo, mentiras velhas?

Os deuses tenham compaixão. Depois de um ano em que as “feique niús” – gosto de escrever à portuguesa porque não entendo porque se há-de usar o “fake news” dos bifes – foram o prato do dia, por vezes da hora e até do minuto, eis-nos a constatar que o vício da aldrabice não morreu.

O impasse político que separa o Presidente dos EUA, Donald Trump, e o Congresso criou o mais longo ‘shutdown’ da história dos EUA, batendo o recorde de 21 dias estabelecido durante a Presidência de Bill Clinton, em 06 de janeiro de 1996.

Ora, para combater este estado de coisas, que até tem os seus foros de verdade, os seus amigos democratas “lançaram” já a notícia de que, durante vários anos e antes de ser presidente, Trump foi “colaborador” da Rússia.

Os “democratas” de todo o mundo estalamos dedos de contentamento, Trump está-se nas tintas e Putin ri à gargalhada. Já os que são escravos dos senhores do mundo, os povos, devem rezar a todos os santinhos para que Trump não tome uma das suas inusitadas atitudes. Eu tremo!

Por cá, pelo que resta deste [ainda] país, as coisas vão de mal a pior: falácias e sofismas são prato forte  dos dizeres daqueles a que o povo chama governantes, mas que, no fundo, não passam de uns “arranjantes”, isto é, de alguém que anda lá por cima para se “arranjar”, sem que isso signifique vestir bem. Que o diga o César, e, de pior modo ainda, Costa e o seu desimpedido ministro das infraestruturas.

De acordo com o relatório preliminar da IGAMAO, a Inspeção Geral do Ambiente já concluiu que há uma culpa coletiva de vários organismos do Estado no caso do aluimento da estrada de Borba. Na verdade, de forma categórica, este documento aponta três culpados para a tragédia: a Câmara de Borba, a Direção Geral de Energia e a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo. Chupa, que é para aprenderes, diria o amigo Taxeira. Só falta, agora, o primeiro Costa vir dizer que tudo é mentira. Ainda assim, dentro das “promessas” que os ministros por aí andam afazer, há dinheiro a rodos e vai ser todo aplicado: o do aeroporto do Montijo é para já, um já igual ao do “toma” de Bordalo Pinheiro muito comum nas tascas e mercearias de antanho, em que o busto do Zé povinho, no seu característico manguito, encimava a frase, “Hoje não se fia, amanhã, sim; um sim, obviamente, para o dia de S. Nunca à noitinha. A reconstrução das casas de Pedrógão e Figueiró é só os amigos deitaram mãos à massa.

Rui Rio – Ui, Rio! – atacado de todos os lados, vai propor uma moção de confiança no Conselho Nacional do PSD. Os seus “amigos” não podiam ter escolhido melhor altura para o atacar. É o princípio do fim? Costa e César gozam à valentona, mas Amaro não está para brincadeiras e na Beiras há muita castanha para estalar.

Vara nunca mais vai para a cadeia. Os papéis em falta parece que já chegaram à juíza; mas, bem vistas as coisas, ainda deve faltar qualquer coisinha no processo. E ninguém foi sujeito a processo disciplinar.

Tarde e más horas, publicou-se que a fortuna do falecido soares ultrapassava os 16 milhões de euros. Poupadinho o sujeito…

Pela nossa urbe, Machado continua a ver desaparecer os comboios: foi o metro, foi o metrobus, foi a avenida central, foi o aeroporto, e, último tiro do seu amigo Costa, foi a “linha” Aveiro-Mangualde, que, em princípio, devia ser Coimbra-Mangualde. Também o IP5 é prioritário em relação ao IP3 e à famigerada autoestrada Coimbra-Viseu.

Falácias e sofismas estão na moda. Aguenta-te, Zé!

É de mais!  

ZEQUE!