Editorial 12-11-2022
Des-igualdades impostas ou igualdades inexistentes
Em busca de respostas e mais respostas, não cessamos de questionar tudo o que nos rodeia. Uma forma de vida activa, dirão uns ou uma forma de vida feita de igualdades inexistentes, dirão outros, que nos leva a pensar na imposição figurada de supostas des-igualdades.
Numa primeira abordagem, a vida parece uma viagem relativamente simples. No entanto, não podemos afirmar que todas as viagens ocorram da mesma forma. Consideremos quem viaja, uma palavra autêntica e assumidamente bi, o/a viajante.
Os tempos passam e, sem hesitações, cada um de nós vive estórias dentro de uma história, que um dia terá um final. Cada viajante terá uma visão individual e global dessa imensidão de ideias, que agradam e engordam uns enquanto outras desagradam e emagrecem outros.
Passemos a outras evidências, as ditas des-igualdades que se fazem sentir em qualquer lugar onde nos encontremos. Um flagelo que assola os mais fragéis e os mais desprovidos de formação.
Em todos os casos, os dirigentes das cujas viagens submetem-se e sobrevivem aos atropelos humanos. As ondas de solidariedade aceleram os corações e, sem qualquer surpresa, tudo o que emagrecia e desagradava passava a ser uma pedra bem pequena no sapato de quem por aqui viaja. Chamemos a este tempo o ideal da “mascarada”, onde quem entra nu acaba diminuido a nadas.
Deixemo-nos de conversas sentimentais e passemos àquilo que nos interessa, o porquê de tamanha diferença entre aqueles que “marionetam” e os “marionetados”. Num país dito livre, laico, igualitário e paritário, estamos a muitas léguas de atingir qualquer um desses ideais.
Respostas e mais respostas, onde se encontram os heróis de todas as viagens? Onde se encontram as respostas, aparentemente evidentes, face às inadmíssiveis realidades actuais?
Em busca de respostas e mais respostas...
Autoria de Sofia Geirinhas
Cébazat, Sábado dia 12 de Novembro de 2022
Não respeita o AO90
Arte: Recolhendo Carvão - Nicolai Kasatkin
Pintor russo (1859-1930)