Que desgraça!
A malta da varanda das vaidades, borlistas em grande parte, teve umas épocas em grande: ter aparecido nos jornais abrilhantou o “ego”. Não os critico, que não vale a pena; critico, sim, os que, também por vaidades, destruíram a Académica, levando-a para um lamaçal de onde dificilmente sairá, a não ser que, rapidamente, se encontre um “novo” dr, João Moreno.
Ouvi comentários, em surdina, de que os funcionários já não recebem há seis meses e os atletas há quatro. Se assim é – mas custa-me a crer que o seja – então desculpe-se, em parte, a exibição vergonhosa da equipa, sem quereres e desgarrada, cansados os atletas.
É certo que o tempo estava impróprio para se praticar desporto: o sol, de cortar a respiração, abrasava. Mas - que diacho! – abrasava de igual modo toso os praticantes, e até, a equipa arbitragem, de vez em quando de olhos torcidos.
Enquanto a equipa do Covilhã gizava bons apontamentos de futebol, os atletas da Académica, nada briosos, pareciam andar, em vez de correr, atrás dos adversários; a defesa não existiu e o meio-campo “jogava” a favor dos adversários em vez de servir os seus avançados; e os avançados, pobres e desassistidos, puxavam cada um para seu lado, sem uma jogada que visse.
Enfim, talvez esteja a exagerar um pouco, mas dói-me, como doerá aos verdadeiros adeptos e sócio, que a equipa tenha jogado tão mal, e que, mais uma vez, se tenha perdido a oportunidade da subida.
Faço votos, sinceramente, para que esta época não tenha sido a última da Briosa
O Sporting da Covilhã inaugurou o marcador aos 34 minutos, numa jogada em que, por falas clamorosas do meio-campo, Kukula se isolou e, perante na saída do guarda-redes Júlio Neiva, ofereceu o golo a Mika,
Alguns inutos mais tarde, Gilberto isolou-se e teve o segundo golo nos pés, mas rematou rasteiro à saída do guardião academista, com a bola, caprichosamente, a sair a rasar o poste.
Sem que a 'briosa' tivesse qualquer oportunidade para empatar, a equipa serrana dilatou a vantagem em cima do intervalo, aos 45+1 minutos, por Kukula, que voltou a surgir isolado na área da Académica.
Na segunda parte, que se esperava ser de acerto por parte da equipa da Académica, o guarda-redes Júlio Neiva, que hoje foi pela primeira vez titular no campeonato, evitou que a Académica sofresse mais golos, com duas boas defesas, aos 53 e 89 minutos.
Bastante desconcentrada, a equipa da casa raramente incomodou o último reduto dos visitantes, que, por sua vez, criaram sempre bastante perigo na área dos seus adversários
Académica - Sporting da Covilhã, 0-2 (ao intervalo: 0-2).
Marcadores: 0-1, Mica, 34 minutos; 0-2, Kukula, 45+1.
Equipas:
- Académica: Júlio Neiva, Nélson Pedroso, Yuri Matias, João Real, Jean Felipe (Brendon, 46), Zé Castro, Reko, Balogun (Traquina, 46), Jonathan Toro (Marinho, 62), Romário Baldé e Hugo Almeida.
- Sporting da Covilhã: Bruno Miguel, Tiago Moreira, Jaime, João Cunha, Soares, Gilberto, Semedo, Mica Silva, Diego Medeiros (Kisley, 66), Bonani (Adriano, 59) e Kukula (Rafael Vieira, 83).
Árbitro: Gustavo Correia (AF Porto), que conduziu o jogo sem problemas de maior.
Imagens AAC/OAF
A-CA-DÉ-MI-CA
ACA-DÉ-MICA
ACADÉMICA
BRIIOOOSAAAAAAAAAA…