HOJE SOUBE-ME A POUCO

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Chegar ao empate no último minuto do jogo é sempre saboroso e motivo de satisfação.

Mas este empate em casa do Benfica B, deixa também um sentimento de frustração. O jogo mostrou uma Académica superior ao seu adversário, que jogou melhor, teve mais oportunidades e poderia ter saído vitoriosa.

A questão que coloco é a seguinte: será que tudo foi feito para trazer os 3 pontos?
Atrevo-me a dizer que não.

As equipas B apresentam características especiais e bem distintas das demais. São compostas por elementos muito jovens, habilidosos, a quem se auguram futuros risonhos e perspetivas de transferências milionárias. Mas a quem faltam a experiência, a “manha”, a “malandrice”, o poderio físico, que são apanágio da generalidade das equipas deste campeonato. São por isso adversários particularmente apetecíveis e ideais para o tipo de futebol que a Briosa pratica, rendilhado, de grande qualidade técnica, mas, também, consistente, robusto, veloz. Assim sendo, à partida, serão jogos para vencer. Como poderia e deveria ter acontecido hoje.

Porém, o nosso treinador insiste, quase até ao limite do razoável, em apostar de início sempre na sua equipa-tipo, sem querer assumir que há vários jogadores sobrecarregados, cansados, num claro subrendimento, que não deixa de ter repercussões negativas no desempenho geral da equipa. O que esteve bem à vista hoje.

Acresce que é também avesso a substituições no decurso da partida. A primeira foi forçada, por lesão, a segunda foi a habitual, recaindo sobre o sacrificado de sempre, o Fabinho (até pareceu castigo por ter acabado de marcar um golo), a terceira (e creio que a última) a perder e a 2 minutos do fim, com a entrada de mais um avançado, mas para retirar um outro, o Sanka, que até mostrava ser de todos o mais perigoso.

Creio que poderíamos ter sido mais reativos, arriscado mais, procurado com mais ambição e convicção a vitória, designadamente através de uma rotação da equipa mais abrangente e operada mais cedo.
Mas essa é a simples percepção de um mero treinador de bancada, que pode debitar o que lhe apetecer. Que até deverá estar completamente enganado, tendo em vista a bela realidade, que nos mostra, afinal, que os verdadeiros técnicos e timoneiros têm sabido elevar os resultados e as prestações da equipa a patamares que nem os adeptos mais otimistas imaginavam.

E TEM DE SER PARA CONTINUAR, POIS TODOS NOS SENTIMOS MUITO BEM ASSIM E JÁ NOS COMEÇAMOS A HABITUAR A TAIS PATAMARES!

(Imagens retiradas da AAC/OAF

                                                                                                                                                                                                                                      Jorge Pedroso de Almeida