É PRECISO ACREDITAR

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O jogo acabou. UFA! Que desgraça!

Ainda zonzo, mal o árbitro deu a apitadela, quase em surdina, para acabar com o jogo, deitei pernas às escadas e saí do estádio.

Para espanto meu, os sinos da Igreja de S. José começaram a tocar a finados, mudando depois para o toque a rebate. E é para este toque a rebate que eu chamo a atenção dos sócios amigos fervorosos da BRIOSA que eu chamo a atenção, para os sócios que nos bons e nos maus momentos se alegram ou sofrem, sem, contudo, abandonar a sua amada, a Académica das vitórias e também das derrotas, ora em alta ora em baixa.

Quando se soube da queda da Académica na III Divisão, eu avisei que esta era uma área muito difícil, do jogo em que a “bravura”, o “chega-te para lá” e a pujança física ditavam leis.

Ademais, a Académica – que continuo a ter por BRIOSA - caíra num precipício de que dificilmente sairia (ou sairá).

Se a tudo isto acrescentarmos os maus males saídos da caixa de Pandora, de coveiros e cangalheiros virados ratazanas, quase poderemos dizer, “amigos, rezai-lhe pela alma”.

Esta pequena achega não serve para justificar a péssima época que a equipa da Académica. Tudo- ou quase – gente nova na casa, atletas a rondar a inexperiência e esquemas de jogo sem alternativas.

Hoje, foi um dia desses: uma equipa a querer jogar benzinho, com muita garra em certas situações, mas com absoluta inoperância a atacar, sem, praticamente, causar perigo à baliza adversária….

Se jogar pelos extremos – e a Académica fê-lo – é uma virtude, não chutar à baliza, com acerto, é um defeito crónico desde o início da época.

Mesmo a jogar contra dez – um atleta adversário foi expulso! – as jogadas algumas até  pareceram jeitosas, todavia ineficientes.

E isto não pode continuar. Os dois golos do “Real” devem ser analisados: para evitar casos futuros; e, principalmente,

Não apoiei o “bota-fora” do primeiro treinador, nem comento negativamente o recurso a Zé Nando; creio, todavia, que o despedimento foi precipitado e a imagem de Zé Nando de “muletas” não é lá muito “abonatória” para o ânimo de que o grupo precisa; e, principalmente, para aprender como pode e deve fazer-Se.

Vêm aí a 2.ª volta: FORÇA BRIOSA. Toca a recuperar o perdido.

 

Dados do jogo:

 

O Real SC veio a Coimbra vencer a Académica, por 0-2, apesar de ter jogado em inferoridade numérica desde o minuto 50, devido à expulsão de Miguel Montenegro.

 

Após uma primeira parte 'morna' e sem golos, a formação de Massamá colocou-se em vantagem num lance indidvidual de Diogo Castro, aos 75 minutos, pouco tempo depois de o jogador entrar em campo, e dilatou o resultado já perto do fim, por Abdul Ibrahim (84 minutos).

 

Com este triunfo, a equipa de Massamá dá um passo importante na fuga aos lugares de despromoção, passando a ocupar o 10.º posto da classificação, com dez pontos. Os estudantes, que iniciaram o jogo com os mesmos pontos do Real SC, afundam-se mais na tabela, na última posição, com sete pontos.

 

FICHA DE JOGO

 Estádio Cidade de Coimbra

ACADÉMICA 0-2 REAL SC (0-0 ao intervalo)

Golos: 0-1 por Diogo Castro (75'), 0-2 Abdul Ibrahim (84') 

 

Equipas:

ACADÉMICA: Nuno Hidalgo, Diogo Costa,, Benny, João Tiago (Diogo Cardoso, 77'), David Teles (Vasco Gomes, 75'), David Caiado - Cap., David Brás, Hugo Seco, Vasco Paciência, Desmond Nketia e João Pais (Pepo, 75')

 

REAL SC: Iuri Miguel, Pedro Rosas, Bruno Almeida, Abdul Ibrahim, Benny (Dino Semedo, 58'), Rafa Santos, Zack Blackwell (Pedro Farrim, 80'), Paulinho - Cap., Miguel Montenegro, Ballack (Pedro Soares, 79') e Adilson Silva (Diogo Castro, 67')

Suplentes não utilizados: Márcio Rosa, Lourenço Teixeira, Marcos Barbeiro, Gonçalo Cabral e Gonçalo Agrelos.

 

Árbitro: Gonçalo Neves – arbitragem “infeliz” em desfavor da Académica. Deixou dar “castanhada” forte e feia e o auxiliar do lado da tribuna não percebe nada – pelo menos pelo que fez – do que são foras de jogo. Todavia, não foi por culpa dele que a Académica perdeu.

Imagem retirada da net

http://www.youtube.com/watch?v=_44OoKV_5zw