Parque de estacionamento do Mercado
À atenção da Câmara Municipal de Coimbra.
Hoje, à tarde, estacionei o carro no parque subterrâneo do Mercado D. Pedro V.
Quando voltei, apercebendo-me que apenas tinha uma nota de 20€ e que a conta devia rondar 1€ e pouco, retirei o carro do lugar e parei no guichê à saída do parque.
O funcionário que aí estava, veio à porta, e, sem levantar os olhos do telemóvel, quando lhe disse que queria pagar, disse-me que o guichê estava fechado para pagamentos e que todos tinham de ser feitos na máquina automatica (que fica no exterior, no lado oposto do parque).
Expliquei-lhe que apenas tinha uma nota de 20€, retorquindo-me que podia usá-la para pagar na máquina, se a conta fosse superior a 15€, o que manifestamente não era o caso.
(Aliás, dados os preços praticados, gostaria de saber quantas contas superiores a 15€ aí deverão ser pagas.)
Perante o facto de lhe ter dito que a conta devia rondar 1 €, respondeu-me que não teria outro remédio se não encontrar quem me trocasse a nota para poder pagar na máquina.
Alguém me emprestou 1€ e com 10 cêntimos que tinha na carteira, lá atravessei o Parque, subi as escadas e fui à máquina exterior, pagar os 1,10€ de estacionamento.
Após efetuar o pagamento, fiz o percurso inverso e o "trabalhador" dedicado continuava entretido com o telemóvel.
Algumas questões:
1. Trabalhar ali será uma profissão de desgaste rápido?
2. É por estas e outras que detesto a palavra utente de serviços públicos. Nunca um freguês ou cliente assim seria tratado?
3. Porque não existe uma máquina junto da saída dos carros? Porque não faz o guichê aquilo que já fez em tempos: aceitar pagamentos?
4. Quem é o responsável por esta situação absurda? Os serviços camarários ou o Parque está em auto-gestâo?
5. Imagino, com a quantidade de estrangeiros que ali deixam os carros, a confusão que se deve gerar.
Notas: no meu carro estavam 3 norte-americanos que ficaram estarrecidos com o que viram (e já agora com o preço irrisório que paguei, quando comparado com o que pagam nos EUA).
Apesar de mais baratos que os parques comerciais, nada justifica o que se passou.
António Franco