O MILAGRE DAS ROSAS DE ISABEL DE ARAGÃO, ou como um milagre passa de mão em mão.

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O famoso Milagre das Rosas da nossa Rainha Santa não é mais do que a colagem de outro pseudo-acontecimento com sua tia Santa Isabel de Hungria, à rainha portuguesa. "Impossíveis" são coisas muito difíceis de acontecer, mas inventar milagres, parece ser coisa mais fácil.

Mas vejamos a “estória” de como “uma não ocorrência” tida como acontecida, na Turíngia, saltou para as margens do Rio Mondego.

Isabel de Andechs foi a segunda filha de André II da Hungria e de sua esposa Gertrudes da Merânia; nasceu no verão de 1207, no castelo de Bratislava. No seu sangue corria a nobreza das mais poderosas casas reais da Europa. Pelo lado materno, era sobrinha de Edviges da Silésia, e tia das santas Cunegunda e Margarida da Hungria, e tia-avó de Isabel de Aragão, rainha de Portugal e, do lado paterno, prima de Inês de Praga. Casou com Luís da Turíngia, um dos mais poderosos senhores da Europa, desse tempo.

O mais famoso “milagre” que a devoção popular lhe atribuiu, lá na Turíngia e que foi aceite pelo Papa, ainda no século XIII, como facto verídico, é o chamado “Milagre das Rosas”.

Assim, conta-se que, certa vez, quando levava pães para os pobres, nas dobras de seu manto, encontrou o marido, que voltava da caça. Este estranhou a conduta da esposa, que parecia esconder algo, e o diálogo entre os dois esposos ficou famoso, nos anais das lendas de santos: " O que tu levas no avental Isabel ? " Ao que a jovem princesa respondeu, trémula: " São rosas, meu senhor ! " Espantado por vê-la curvada ao peso de sua carga, ele abriu o manto que ela apertava contra o corpo, e nada mais achou do que belas rosas frescas e orvalhadas, embora fosse inverno e não fosse época de flores. Isto, para o meu gosto, são "rosas milagradas" a mais-

(Fonte: Wikipédia e pouco mais)

Pedro Dias