Era uma vez um aeródromo.

Que tinha uma pista pequena, mas podia aumentar-se dizia-se. Há estudos que mostram essa possibilidade e que estão há muito na posse de quem manda! 

Um grupo de maldizentes da cidade disse, olhe que não, olhe que não, a pista não pode ser aumentada para permitir que esses aviões aterrem.

Pode pois, teimou o sabichão. Os estudos existentes mostram-no e ainda há pouco o presidente aterrou lá no maior avião da Força Aérea para transporte de civis. Não coloquem um pau na roda, deixem rolar!

Mas não dá, repetiam os maledicentes que só querem o mal de Coimbra, é tecnicamente complicado e financeiramente ruinoso.

Dá sim, os estudos estão feitos e como temos superávit podemos até pagar a totalidade dessa obra clamavam os optimistas do copo meio cheio.

Não dá.

Dá.

Não.

Sim.

Mostra os estudos! 

Não mostro!

Não mostras porque não existem! 

Não digas mal de Coimbra.

Para melhor opinião pediu-se um estudo a um grande guru perito na matéria.

Ó Queiró engenheiro mor 

Sem gastares muito carcanhol 

Diz-nos lá com rigor

Se teremos um aeroporto em Antanhol.

E o Queiró lá pensou, 

lá investigou, 

lá perguntou 

e seu veredicto apresentou. 

Contrariando os estudos existentes , mas que ninguém viu, disse em tom inequívoco:

Ó Machado esquece pá

Em Antanhol não dá.

Será que agora os maledicentes já podem ver os estudos anteriores?