A QUESTÃO DOS SAPADORES FLORESTAIS EM COIMBRA

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Como o calor está à porta convêm perceber o que é que o Município de Coimbra está a fazer para prevenir os fogos.

Por isso retomamos o nosso artigo publicado no dia 18 de Abril deste ano, onde anunciámos em artigo jornalístico que, segundo o Presidente do SinFAP, Alexandre Carvalho, sindicato dos Sapadores Florestais do Município, relatou que “para nosso espanto foi-nos dito que o Município não tinha Sapadores Florestais, eram simplesmente cantoneiros e por isso estavam na secção do Ambiente.” Por isso fizemos a pergunta à Câmara Municipal de Coimbra no dia 14 de Abril de 2025: - Quantos sapadores florestais existem no mapa de pessoal do Município?

No dia 23 de Maio de 2025, o serviço de Marketing da CMC envia ao nosso jornal esta resposta: «-O quadro de pessoal estabelece nove postos de trabalho ocupados e dez postos de trabalho necessários.»

Convém saber distinguir que os sapadores florestais são trabalhadores especializados que defendem e gerem florestas, em particular através da prevenção e combate a incêndios. Já a função de um cantoneiro é um trabalhador que se encarrega da limpeza e manutenção de estradas, ruas, jardins e parques.

A surpresa de Alexandre Carvalho, como Presidente do sindicato SinFAP, começou quando como contou a O Ponney: «Reuni duas vezes com o Presidente do Município e os seus colaboradores, na primeira reunião expusemos ao Presidente do Município a exigência de integrar na Carreira Profissional os Sapadores Florestais do Município, ao abrigo do Decreto Lei 86/2019, algo que o Presidente nos disse que era legitimo essa passagem e que ia dar seguimento. Isto aconteceu no dia 08 de Novembro de 2024.»
Agora está claro que a CMC admite que tem 9 sapadores florestais, mas que necessitavam de 10 trabalhadores.

Como O Ponney, foi o único jornal que esteve a acompanhar a greve e presenciámos a visita do presidente da Câmara de Coimbra, José Manuel Silva, aos grevistas, acabámos por testemunhar a marcação de reunião. Por isso procurámos entender o que se tinha passado na reunião entre os sapadores florestais, que afinal não são cantoneiros, e o senhor presidente da Câmara de Coimbra.

O presidente do sindicato dos sapadores florestais, Alexandre Carvalho, respondeu-nos: «O SinFAP juntamente com os trabalhadores estiveram na reunião no dia 21 de Maio, curiosamente o Dia Nacional dos Sapadores Florestais, porém da reunião não veio nada que não soubéssemos já. O presidente não arrisca nada sem o aval dos seus diretores de departamento.

Avisámos porém a CMC que vamos avançar para tribunal, deixando que dessa ação resulte jurisprudência sobre o DL nº86/20219 de 2 de julho.

Foi nos informado que estava aberto um concurso de fardamento e que havia formação a decorrer, sobre o SPI mais uma vez está pendente da assinatura do Diretor de Departamento.

Quando aos averbamentos das cartas de condução, estamos à espera de resposta oficial do IMT uma vez que o Município não faz nada sem papel escrito.

Quando à organização da equipa, o cenário é preocupante, só estão no ativo 4 elementos, o que vai comprometer as limpezas e a vigilância.»

Perante a prevenção de incêndios, dá a entender que o executivo da Câmara de Coimbra entende apostar mais na burocracia dos processos do que nas medidas a tomar em relação a possível perigo para o Concelho de Coimbra.

AF
13-06-2025