Editorial 03/10/2025

EDITORIAL 03 10 2025

SUPER SENIORES

Uma das grandes verdades é que todos nós envelhecemos. Vamos perdendo as nossas capacidades físicas e mentais. Por outro lado tendemos a ter uma visão mais ampla da vida quotidiana e menos mesquinha. Também a experiência que fomos adquirindo na nossa vida é um património que nenhum governo deveria prescindir.

Porém a realidade demonstra que essa riqueza patrimonial é sub aproveitada ou até desconsiderada. A política, enquanto organização do bem público e não restrita às questiúnculas partidárias, tem mais em consideração o imediato. Por isso uma defesa maior da fase de juventude. Pois os jovens ou os jovens adultos. Em Portugal, entre os apoios à empregabilidade, habitação e empreendedorismo que têm como público alvo as pessoas jovens, em vários casos, o limite etário máximo de elegibilidade não se mantém nos 30 anos, mas chega aos 35 anos. Pois podem pagar prestações aos bancos e são o garante de um maior prolongamento no pagamento da contribuição a qualquer Estado. O que normalmente é esquecido é que a experiência de uma pessoa sénior é fundamental para um maior desenvolvimento de um qualquer empreendimento, seja económico, cultural ou outro.

Com o sentido de melhor ilustrar esta importância de juntar jovens e seniores trago para a discussão um filme. Se nunca viram “O Estagiário” interpretado pelo ator Robert de Niro, aconselho a que vejam com atenção. Para os que já viram o filme aconselho a que voltem a ver, pois ilustra bem esta relação que deve ser feita.

Com intenção de vos abrir o apetite dou nota da sinopse do filme: «Um sénior que entende candidatar-se como Estagiário, acaba por ser colocado na empresa da jovem Jules Ostin (Anne Hathaway), uma criadora de um site bem-sucedido de vendas de roupas.

Apesar da “spin-off “ ter apenas 18 meses de existência, já é classificada como “média empresa” pelo seu rápido crescimento. O que leva a responsável a ter uma vida bastante atarefada, devido às exigências do cargo e ao facto de gostar de manter contacto com o seu público. Quando a sua empresa inicia o projeto de contratar seniores como estagiários, numa tentativa de colocá-los de volta à vida ativa, cabe-lhe trabalhar com o viúvo Ben Whittaker (Robert De Niro) que nos seus 70 anos, leva uma vida monótona e vê o estágio como uma oportunidade de se reinventar. Por mais que enfrente o inevitável choque de gerações, logo começa a conquistar os colegas de trabalho e aproxima-se cada vez mais de Jules, que passa a vê-lo como um amigo, um preciso conselheiro de negócios e até da sua própria vida pessoal.»

Claro que nem todos os casos são iguais, mas também é verdade que a falta de atenção aos seniores empurra para uma maior incapacidade das pessoas e isso deveria ser um dos grandes assuntos da política, independentemente das questões partidárias.

É exatamente no sentido deste assunto que trazemos os «PROBLEMAS DOS SENIORES SEM POLÍTICAS» que poderia iniciar em Coimbra pela sua imagem de cidade dedicada ao ensino superior.

Ainda dentro dos assuntos da política, acima das questões partidárias, entramos no artigo «CAMPANHA COM ASSUNTOS INTERDITOS» - será que há mesmo assuntos políticos interditos em campanhas para as Autárquicas 2025?

O discurso desgastado de que “Portugal é um país sem grandes recursos económicos” é contraditório com o que apurámos nos artigos «DINHEIRO PÚBLICO APOIA BANCA NADA PÚBLICA» e «BANCA PÚBLICA DENTRO DO “CARTEL DE BANCOS”». Vale a pena refletirmos sobre como é usado o dinheiro para que todos nós contribuímos de forma direta ou indireta.

Terminamos os artigos de destaque com a reflexão política sobre os «ESPAÇOS VERDES EM COIMBRA “SEM REI NEM ROQUE”». Neste artigo há sugestões claras de como poderia ser tratado os espaços verdes. Talvez um bom ponto de discussão para os candidatos à Câmara Municipal de Coimbra.

Uma outra novidade de O Ponney é a apresentação de uma tira de banda desenhada pedagógica sobre a alimentação mediterrânica como forma de preservar e defender as qualidades mentais de cada um de nós. Importante usar o código QR para termos mais informação.

Depois temos os artigos de opinião. Abrimos com o artigo da nossa amiga Manuela Jones para falar da beleza do envelhecimento.

O nosso amigo António Pinhas enviou-nos um artigo sobre esta coisa de “Chamar os bois pelos nomes” que no fundo é um alerta a favor da democracia repúblicana. Interessante lermos.

O artigo de José Ligeiro traz-nos uma reflexão sobre Portugal. Concordando ou não merece a reflexão.

Terminamos os artigos de opinião com mais um apoio às medidas deste executivo municipal escrito por Adriano Ferreira.

Outros artigos podem ser encontrados no nosso O Ponney

Para todos quantos entendam criticar ou elogiar, agradecemos que nos enviem para o endereço de e-mail d’O Ponney :
info@oponney.pt

Saudações conimbricenses e republicanas;

José Augusto Gomes
Diretor do jornal O Ponney