CÂMARA DE COIMBRA VIRA A CARA

A polémica sobre a localização da Serenata Monumental iniciou quando a Câmara de Coimbra tentou mudar de local. A Serenata Monumental realizada desde 1949 na entrada principal do monumento da Sé Velha (ou Catedral de Santa Maria em Coimbra invocando o nascer de Portugal) e que está descrito nos termos de aprovação da inscrição como património mundial da UNESCO em Coimbra (descrita na componente imaterial) esteve para mudar de local.

O ano de 2024 ficou marcado pela realização da Serenata Monumental à revelia da vontade do executivo da Câmara Municipal de Coimbra.

Finalmente em 2025 retomou o local de tradição. Mas sem a colaboração da Câmara de Coimbra. O Ponney anunciou a semana passada que a Organização da Queima das Fitas começou a condicionar os moradores das ruas em volta do Largo da Sé Velha. Mesmo não tendo poder civil e político para o fazer.

Esta semana chegou a informação à nossa redação que uma filha de uma senhora idosa que é moradora numa das ruas sujeitas ao condicionamento de circulação que nos contou: «Ainda sobre as pulseiras, foram hoje ao final do dia levar uma pulseira à minha mãe. O que é manifestamente pouco uma vez que todos os dias vou lá a casa dar suporte à minha mãe que é diabética e é pessoa muito idosa. Mas foi algo que frisei no email que enviei, que era preciso pelo menos 2 pulseiras.» Relatando a desorganização deste processo onde a Câmara Municipal de Coimbra vira a cara para o lado.

Continua outra pessoa que tem familiar a morar perto do Largo da Sé Velha: « Eu fiquei chocado porque os pinos ao redor do largo Sé Velha foram todos arrancados para uma noite. O que me incomoda é o dinheiro que se gasta nisto. Numa obra recente. Destroem o que já foi feito com dinheiro público para 4 mil pessoas verem a serenata.»

Outra testemunha que esteve na quinta-feira, 22 de Maio de 2025, diz-nos: «Aquilo está uma palhaçada, em primeiro lugar para as pessoas que estão a pé estão a pedir as pulseiras, mas para quem vai de carro não pedem a verificação das pulseiras. Por isso entram à vontade. Ouvi dois seguranças a discutirem. Um dizia que não tinha autoridade para impedir ninguém de entrar e que tinha que ser um agente da Polícia de Segurança Pública, enquanto o outro já estava a ligar para a proteção civil da Câmara Municipal de Coimbra (CMC) porque assim não se conseguiam organizar. Por fim quem até estava a pôr as grades eram jovens estudantes, que nem sequer pertenciam a uma empresa de segurança.»

Os testemunhos que usam aquela zona suspeitam que “a CMC nem deve saber de metade das coisas que estão a fazer ali.”
A questão que se levanta é: porque retiraram os pinos, do Largo da Sé Velha,todos? Será que é o erário público que mais uma vez vai pagar a sua reposição?
Ou será que é a Comissão da Queima das Fitas que vai recolocar os pinos no sítio?

Ainda segundo algumas testemunhas que dizem quem nem todos os moradores receberam as tais pulseiras que os deixam circular. Muitos dos moradores são pessoas de idade avançada que não percebem o procedimento decidido pela Organização da Queima das Fitas.

Será que o executivo da Câmara de Coimbra não sabe o que se está a passar na cidade, perto do edifício da CMC?

JAG
23-05-2025