O Amor...esse Desconhecido!
Anos, dias, passam, sem esperança,
as noites, vazias e de cios, passadas,
de tantas almas, que apaixonadas,
sofrem do Amor a dura tardança.
Noites e noites, o tempo avança,
histórias de vidas desesperadas
que vivem à espera da mudança
de suas vidas, ao Amor dedicadas.
Mas, o Amor não altera o seu traçado,
cada um, já nasce por ele destinado,
a um Amor nunca é possível impedir
que o par desconhecido, por ele assinalado,
passe, inexplicavelmente, a ser apaixonado,
Dom sobre o qual não vale a pena presumir.
Edgard Panão
( in, Post-Scriptum)
Arte: Love (Robert Indiana, 1965)