No “ponto”

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Estou a ficar no "ponto"...

Vivi 18 anos com Salazar e 4 com Caetano. Mais coisa menos coisa.

Foram 22 anos de ditadura que nunca senti apesar do cumprimento do serviço militar obrigatório, que tanta falta faz a muito boa gente...

Assisti ao raiar da revolução dos cravos e à implantação da democracia.

Passei por todo o tipo de governos e coligações. Vi quase incrédulo a Geringonça a funcionar. Pensei nas portas abertas a soluções governativas daí em diante nas várias áreas políticas.

Só nunca imaginei, com uma solução de esquerda que sempre achei mais defensora das liberdades, me sentisse estropiado da minha.

Vivemos uma ditadura imposta por algo que não entendo e não aceito.

Não é normal roubarem o trabalho ás pessoas, impossibilitando-as de proporcionar ás famílias o seu sustento, aprisionando-os e não só.

Não é normal dizerem que atribuem subsídios para minorar os malefícios quando isso não passa de uma falácia.

Não é normal impedirem que reformados a quem atribuem uma subsistência de miséria continuem no seu negócio ou trabalho em que se viram obrigados a continuar para sobreviver até que a morte os leve, negando-lhes qualquer "ajuda" só porque já não descontam para a  mesma S.S. para a qual descontaram toda uma vida e lhes retribui miseravelmente .

Nada do que hoje se passa é normal. Nem a nova "normalidade" o é , tendo em conta o seu carácter ditatorial.

Estamos à beira de uma ditadura universal imposta aos povos que incrédulo, a vejo aceitarem, vergando-se sabe-se lá a que nefastos interesses.

Poderia enumerar umas quantas medidas absurdas tomadas em nome de uma defesa contra um vírus que mata muito menos que as mesmas...

É a condenação ao extermínio de milhares de seres humanos em nome da defesa de um S.N.S. que age contrariamente aos interesses das populações.

É o desmantelamento de uma classe que livremente optou por não se agarrar como uma sanguessuga ao sector público. O único em que talvez se sobreviva sob a protecção do chapéu estatal à custa de todos nós.

Em particular aqueles para quem a cultura e a defesa dos seus valores não contam...

A não ser que sejam os habitualmente protegidos.... 

Arte: José Eliseu

José Eliseu