Não tarda…

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Brevemente na Ericeira - 8 a 15 de Agosto

Óleo s/ tela : 20 X 30 cm

 

Não tarda estão aí as comemorações do 25 de Abril...50 Anos depois só os da minha geração e pouco mais, se por cá ainda estivermos, compreenderão o seu significado.

Para os velhos foi um tempo de festa e esperança que os novos não souberam gerir.

Acreditámos que a democracia e alternância governativa trouxesse ideias novas e melhoras dignas de o serem.

Conhecemos todos os tipos de governo da direita à esquerda. De desilusão em desilusão e promessas por cumprir, 50 anos já lá vão...

Não querendo ser injusto, muitas coisas melhoraram embora com um cheirinho a pouco. Falta coragem nas decisões e sobretudo, assertividade.

Sentimo-nos insultados quando fazem grande alarido ao aumentarem pensões em 10 € quando milhares nem 300 auferem na totalidade. Grandes parangonas no aumento de um salário mínimo manifestamente baixo.

Não sou apologista de se baixarem os altos, esses estão bem, o mal está nos outros... já não é assim nas reformas. Aí defendo um tecto nas altas para que as mínimas cheguem ao ordenado mínimo. A desculpa daqueles que muito descontam em função dos rendimentos não colhe. Esses podem poupar para a velhice e se chegada a hora da reforma receberem o equivalente a 2.000 € seria o bastante.

Aos que não estão de acordo desafio-os a viver toda a vida com um ordenado mínimo e o resto dos seus dias após a reforma com algo parecido a 300 € ou pouco mais mensais...

Também não entendo porque o trabalho extraordinário feito fora de horas seja taxado. Não deveria. Deveria sim ser um incentivo para criar riqueza desde que honesta. Evitava-se o não vale a pena porque eles levam tudo...

Também não entendo as tabelas salariais por categorias de postos de trabalho. Se tenho dois trabalhadores a fazer o mesmo e se um deles produz o dobro, este deveria ser beneficiado com salário superior. Não sendo assim, não haverá quem se esforce! Penso eu...até porque não foge à velha reivindicação que exige salário igual para trabalho igual...

Tanta coisa para dizer e fazer... era só aproveitar as boas da esquerda à direita!

José Eliseu