É o medo que nos impede de sermos livres...

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José Eliseu - óleo s/tela: 80 X 100 cm - " Faena"

 

Com o passar dos anos perdemo-lo. Pensamos e dizemos o que pensamos. Por vezes fazemos figuras tristes, tal como Cavaco.

Estou plenamente nas tintas para o que pensem, pois nunca tive nem tenho filiação partidária.

Falando em democracia onde o que conta é o voto popular, só ele, o povo, tem culpa. Será julgado, mas até á altura certa deverá cumprir pena pela falta cometida.

É assim que entendo a democracia.

Demos uma maioria absoluta a Costa para um mandato completo. Temos o dever de o aturar até ao fim e diga-se em abono da verdade que apesar da bagunçada que a comunicação social faz questão de propagandear, os resultados económicos são bons e reconhecidos até fora de portas.

Fico fulo da vida quando comentadores falam que o povo quer isto ou aquilo, que está farto, etc.

Alguém vos perguntou alguma coisa? A mim não.

Odeio quando trazem á baila a classe média e as suas dificuldades, sem mencionar as da baixa... esta coisa das castas médias, altas e baixas é vergonhoso. 50 anos após Abril em que se vislumbrava um mundo sem classes, temo-las mais acentuadas que nunca. Culpa de todos os políticos e de nós.

Depois de ouvir Cavaco, veio-me á memória o filme da múmia. Só a ele comparo o ódio, violência e raiva demonstrado por uma azia de anos.

Quando diz que tinha menos competência que Montenegro quando tomou as rédeas do poder, isso justifica muita coisa...

Não estou a defender Costa. São todos farinha do mesmo saco, mas a democracia tem regras e vejo demasiada gente a querer quebrá-las falando em nome de um povo que nem conhecem!

Estou satisfeito com este governo? Claro que não. Nem com este nem com outro qualquer pelo qual passámos.

A falta de coragem para pôr isto nos eixos só por cobardia se justifica.

Como povo, sinto-me traído, roubado e desiludido por isto a que chamam política e que envergonha qualquer democracia, que a meu ver os políticos não merecem... muito menos nós que nos calamos e consentimos que a isto chegasse... 

José Eliseu