CAPELA E CASTRO DE SANTA OLAIA
Junto à saída para Montemor-o-Velho (a primeira para quem vem da Figueira da Foz), na A14, no início da estrada que vai para a Ereira, encontramos a Capela de Santa Olaia (ou Eulália) e, por trás dela, um Castro com o mesmo nome.
A Capela, a necessitar de restauro, data, segundo alguns, do reinado de D. Afonso Henriques ou, segundo outros, da época da imagem de Santa Eulália nela guardada, 1671.
Por trás da Capela, surge o Castro de Santa Olaia. Nele, encontram-se vestígios do período Neolítico, bem como da Idade do Bronze, da Idade do Ferro, do Império Romano e da Idade Média. Foi, ainda, encontrado um artefacto Paleolítico, o que pode demonstrar que a ocupação é mais antiga.
Do período da Idade do Ferro, são muitos os vestígios da presença dos Fenícios que subiam o Mondego até esta zona para comerciarem com a população que por aqui vivia.
Na Idade Média, integrava uma série de fortificações que protegiam a linha do Mondego, então fronteira natural entre cristãos e muçulmanos, das invasões dos segundos.
Outro aspeto a reter nesta pequena elevação é o coberto vegetal que nos remete para épocas antigas, onde abundam o carvalho-cerquinho, o aderno ou o ulmeiro.
Refira-se o Estado pouco cuidado em que se encontram (Capela e Castro) e a má sinalização do local, pois apesar da indicação de monumento junto à saída da autoestrada, quem não souber onde fica não dará com as escadas que lhe dão acesso visto, não existir qualquer outra placa indicativa.
António Franco