AGORA MUITO A SÉRIO
Receber refugiados é muito bonito, para mostrarmos que somos um País Solidário! Ou seja, para “Inglês ver”, ou para recebermos mais uns fundos da Europa!
Em Portugal, temos muitos portugueses a viver em pobreza e muitos bem abaixo do limite de pobreza extrema.
A pergunta que faço é:
- Ora, senão somos capazes de dar solução aos nossos, como vamos dar dignidade de vida a refugiados?
Eles aceitam qualquer trabalho, são mal pagos vivem em condições péssimas, não conseguem vínculos, passados “x” meses são despedidos e depois onde arranjar novo trabalho?
A semana passada deparei-me com uma dessas pessoas sem abrigo. Falei com ele, neste momento sem emprego, tem vergonha de pedir ajuda, perguntei se já tinha pedido que o ajudassem a encontrar um lugar para dormir e só me diz: Primeiro trabalho, senhora!
Perguntei se tinha que comer e mostrou-me um saco onde tinha alguns alimentos de péssima qualidade. É refugiado! Foi despedido. Não tem tecto, não tem que comer.
Passei por lá, ele não estava e fui espreitar o saco. VAZIO! Claro que fiquei doente. No fim de semana passado o rapaz de volta e meia vinha -me à cabeça.
Via-o naquele lugar frio e de noite escuro como breu. Não vou divulgar o local, pois seria escorraçado e ali ao menos está resguardado da chuva.
Ontem fui lá levar –lhe alimentos. Enquanto ele agradecia chorando, eu dizia que não com as mãos e virei costas para que ele não visse as minhas lágrimas.
- Como é possível?
Uma das coisas que lhe levei foi uma caixa de marmelada e ele não sabia o que era. Tive que explicar: Comprei um saco de croissant 's em miniatura, que dividi e coloquei em sacos de congelação. Sempre se aguentam mais tempo, o pão no dia seguinte já não se pode comer, péssima qualidade e disse- lhe para colocar a marmelada dentro.
Não sabia o que era marmelada. Pelo amor de Deus! O último alimento que lhe entreguei foi um saco de bananas. Não queria aceitar, só dizia é muito Senhora, é muito!
- Qual muito?
Preciso que me ajudem. Este rapaz precisa de trabalho.
A Sra. Vereadora da Câmara Municipal de Coimbra, diz que em Coimbra, só é sem-abrigo quem quer. Pois este rapaz não quer ser um sem-abrigo, não quer esmola, quer trabalho! Com tanta obra em Coimbra é pedir muito?
Muito educado, humilde, jovem, só precisa de uma oportunidade, trabalho! O visto dele termina em Novembro de 2023.
Assina a Ministra da Vassourada desta nação
que está triste pela desgraça alheia, MH.
Rosarinho Portugal!