QUEM NÃO TE CONHECER…QUE TE COMPRE
Sócrates a mostrar uma “fotocópia”
O palco da TVI serviu-lhe as intenções, as lamentações, as irritações propositadas, a narrativa de que é tudo uma cabala contra ele e, ainda, lhe permitiu um tempo de antena para atacar, de baixo para cima e para os lados, todos os que se cruzem com ele para o desmontar.
Fez um discurso de que é vítima da política e de alguns políticos e, também, para, de forma infantil, como a história do pinóquio, o que mentia compulsivamente e lhe crescia o nariz, por isso, se dizer perseguido pela justiça e por um ou outro dos seus actores.
Já o escrevi, bastas vezes: se fosse um qualquer desgraçado, um arguidozito, desses de pé rapado ou sem nome na praça, a produzir palavras injuriosas e repelentes para com a justiça e alguns dos seus magistrados, não faltaria um ou dois processos. Como é pinóquio português, não passa nada…tudo na boa e na paz do senhor…
Quem o ouvir não o leva preso. Até acabará por ter pena do homem. Fala como se fosse um desgraçado e um santo de altar. Recebeu dinheiros – nem pensar. O avô tinha aplicações e a mãe foi levantando. É obra…
E um amigo – houvera mais destes amigos e ninguém passaria misérias nem teria de estender a mão à caridade alheia – emprestou-lhe mais de meio milhão de euros. Também é obra… O resto que se lhe apalpou nas contas é obra e graça divina. Quem cabritos não tem…
O Ministério Público, a Polícia Judiciária e as Finanças, o que investigaram, não passa de um trabalho de invenção, tipo uma obra ficcionada… segundo o tal coitadinho.
O dito-cujo meteu-se por atalhos, beneficiando dos amigos. A Universidade, uma que já nem existe, abriu ao domingo para ele e outros da mesma igualha, de quadrantes políticos opostos, se licenciarem. Depois foi para Paris, com um canudo viciado, tirar um Mestrado. É obra…
Este mestre, da e na mentira, tem histórias, quando andou a fazer de conta que estudava, por Coimbra, que amigos meus se lembram bem, como dois Zés (não citarei os apelidos, por conveniência), o Carlos e o Paulinho, que davam para ilustrar, com elevada propriedade, as manobras ardilosas, como já enganava o pessoal.
Portanto, e para mim, se é preciso ter lata para dizer o que ele diz, enervando-se com o jornalista e quase deitando lágrimas de crocodilo, não o levem a sério. E nem sei bem como foi esse fulano 1.o Ministro deste País. O povo, às vezes, não se enxerga…
As acusações ao PS e a algumas das suas figuras, retratam bem o ódio e o rancor com que se sabe adornar para se fazer de vítima. Mas haverá alguém, ainda, que acredite neste safado?
Quem não te conhecer… que te compre, como ao burro do azeiteiro e dos dois estudantes.
Todo o enredo dele…é, sem dúvida, obra de um pinóquio mentiroso compulsivo. Se a justiça não o condenar, estaremos feitos e o País nunca poderá ser um Estado de Direito.
António Barreiros