MAIS ATENÇÃO AOS JOVENS

ROSARINHO PORTUGAL 66

 

Portugal foi confrontado com um crime, que nos deixou a todos chocados! Um miúdo de 14 anos tirou a vida à própria mãe. Como é possível?


As divagações têm sido variadíssimas. Mas não passam de divagações.


Existe um problema que é de todos! Em que mundo andam os nossos jovens? Será que são as escolas que têm que controlar? Não, apenas têm que estar atentas ao bullying que sabemos existir, o que por exemplo, há poucos dias foi notícia sobre a Escola Alice Gouveia em Coimbra, aqui no jornal O Ponney com mais pormenor.
As crianças hoje têm acesso à net demasiado cedo. Passam horas e horas sozinhas em seus quartos, com phones nos ouvidos e olhos colados num écran e sabe Deus o que vêm!


As redes sociais trouxeram coisas boas, mas infelizmente, muitas, más. O incentivo ao ódio, a facilidade com que se magoam as pessoas, começa a não ter limites.


Compreendo que hoje, os pais ambos a trabalhar e com as exigências cada vez maiores, ficam com pouco tempo para eles e pior, para os filhos.


A propósito da tragédia da Vereadora que foi morta pelo seu próprio filho, assisti a uma série na Netflix, de apenas 4 episódios mas muito esclarecedora.


Um pai que sempre acompanhou o filho, tinha um negócio próprio, que prosperou e passou a chegar tarde a casa, a ter menos tempo para a família. O miúdo, tinha o seu computador e como tantos outros, passava horas enfiado no quarto.


Até que um dia, a desgraça bateu à porta desta família, aparentemente, tranquila e bem estruturada. Uma menina foi morta à facada. Vídeos revelaram tudo!


O pai quando assistiu ao vídeo, não queria acreditar! O jovem de apenas 13 anos, negou sempre ser o autor do crime.


Meses depois, dia de aniversário do pai, vandalizaram a sua carrinha escrevendo Pedófilo! Tentou lavar mas não saía. Desesperado foi comprar uma lata de tinta que acabou por jorrar sobre as letras de qualquer maneira.


Chegados a casa, pais e filha, depois de ver um cartão do filho que retratava o pai, receberam uma chamada dele, para dar os parabéns ao pai. Estavam a pouco tempo do julgamento e a criança disse:
- Pai, vou mudar o meu depoimento!


O mundo desabou sobre este pai. Ele viu o vídeo, mas durante aqueles meses viveu em negação. Sentiu o peso da sua culpa, percebeu o mundo na net, as trocas de mensagens por códigos e um sem fim de situações, a que ele estava completamente alheio! Vivia fora do mundo em que filho vivia! Faltou-lhe!
Agora que a criança ia assumir o crime, tudo acabou!


Todo este relato, para dizer o quê? É importantíssimo, que os pais arranjem tempo, disciplina para estarem com os filhos, se inteirarem do mundo deles. Há alguns, que os querem proteger, como por exemplo dar um teleóvel, mas com supervisão parental. Se colegas que têm acesso a tudo descobrem que alguns não o têm, começa a perseguição. Filho do papá e da mamã e por aí fora!


Uma bola de neve!
Mas crianças de 10, 11 ou 12 anos com FB??????? Loucura!!!!!!! As meninas começam a ir para as aulas de olhos pintados, baton, como é? Onde está a mãe que não vê isso, ou acha que é natural, estamos no Séc. XXI!!! E o que virá a seguir??????


Há tempo para se ser menina e mais tarde, mulher!


Estas indiferenças é que chocam! Até ao 9º ano, a presença dos pais na escola é fundamental. Mais do que no nosso tempo! A vida mudou, os valores mudaram, mas os perigos aumentaram! Ter tempo para ajudar a fazer um trabalho de casa, ter tempo de uma conversa de pai para filho, não podem ser descuradas!
Os filhos não pediram para vir ao mundo! E nós enquanto progenitores temos a obrigação de os educar, orientar , conviver e até brincar!


Quando acontece uma tragédia destas, não há só uma morte a lamentar. Há uma criança com a vida estragada e há uma família que será sempre seguida por horrendo acontecimento.


A resolução é difícil! Mas há que colocar travão! Estamos a falar dos homens e mulheres de amanhã!
Tem que haver um esforço coletivo, para que as crianças, cresçam acompanhadas, não por redes sociais, mas pela presença física da família. Abraços virtuais são falsos, mas abraço humano, não tem preço!


Rosário Portugal