Há milhões de anos, havia pinguins do tamanho do Homem

 

"A descoberta desta incrível criatura revela-nos como a Terra mudou com o tempo", sublinhou o especialista neozelandês, paleontólogo do Museu Te Papa, na cidade neozelandesa de Wellington.

A elevada altura deste pinguim levou a que fosse batizado de "Kumimanu biceae", uma fusão entre as palavras em maori "Kumi", que significa animal monstruoso, e "Manu", pássaro, tendo-se somado ainda "Bice", de Beatriz, em referência à mãe de Tennyson.

A existência do "Kumimanu biceae", também descoberta por Paul Scofield - outro dos autores do estudo -, demonstra que muitas espécies de aves sem asas como estes e outros pinguins que habitaram na Antártida e noutras partes do hemisfério sul, tinham também elevada altura.

O desaparecimento dos seus predadores, dinossauros ou répteis marinhos, fez com que as aves sem asas alcançassem grande tamanho precisamente por não poderem voar, ainda que estes pinguins gigantes tenham acabado por desaparecer depois, há cerca de 20 milhões de anos.

"A extinção pode ter sido provocada pela evolução das focas e de outros mamíferos marinhos com dentes que os comiam ou competiam com eles por comida", explicou Alan Tennyson.

Apesar do clamor que este texto levanta, não façamos delongas: ainda não há muito tempo, estes pinguins do tamanho de um homem – uns maiores que outros – compareciam em força nos casamentos, nos baptizados e outras reuniões sociais. Agora, parece, é que começam a ser “aves” em extinção.