Editorial 05-01-2019

Vai criancinha ainda o ano que há dias começou, ou, dito como deve ser, entrou há cerca de uma semana.

Apesar de novinho, ou talvez porque continue um outro, o velho, o passado, aquele a que dá continuidade, adivinham-se graves problemas na sua existência, uns continuados, outros a aparecer.

De Portugal não vale a pena falar, tão pouco risonho se antevê o futuro: endividado como nunca se viu, nem no tempo maldito de Sócrates em que este e os amigos se encheram de dinheiro à custa dos bancos e outras empresas, bastará a subida de um por cento nos juros das dívidas para o país chafurdar no pântano da bancarrota e as famílias na miséria. Tudo por obra e graça da geringonça e do “casamento” entre Costa e Marcelo…

No Brasil, quase um continente, aconteceu Bolsonaro, um presidente sem papas na língua que promete acabar com a corrupção e relançar o país nos altos voos a que, justamente, se supõe com direitos a potência mundial: Lula e quejandos que se cuidam e preparem para devolver ao estado as notinhas que roubaram.

Na América, parece que Trump não se vai desviar um milímetro do programa traçado, o que poderá, caso os democratas não ganhem juízo, acarretar, ou até involuir, a economia norte-americana.

A China, até agora uma incógnita. Vai ser a grande vencedora: depois de dominar a Europa e a África, prepara-se para conquistar as américas, primeiro a do sul e depois a do norte.

Deixando de parte as coreias, incógnitas serão, de certeza, o Irão, a Arábia Saudita e a Rússia de Putin; mais longinquamente a Turquia e a Índia.

A união europeia – escrevo já com minúsculas – pode ter o seu último ano de vida. Com o Brexit ainda em “suspenso” não obstante as datas já marcadas, e, sobretudo, as fortes desigualdades das economias dos países constituintes, sem esquecer que o seu melhor – como é possível? -  ministro das finanças é o português Centeno, o futuro apresenta-se-lhe sombrio, negro mesmo.

Comecei por Portugal e acabo com umas referências a Coimbra. Com a edilidade de costas voltadas para Universidade - a única entidade que tem feito algo pela cidade – dificilmente a urbe evoluirá: o metro, a avenida central, o aeroporto e outras promessas machadianas jamais passarão do papel, se é que estão no papel e na mente de quem mente com toda a gana e arrogância.

Não auguro nada de bom para o mundo durante para 2019, nem para Coimbra. Salvo se aparecerem uns coletes amarelos a correr com um Machado subserviente de Costa e Centeno, abúlico no tocante à cidade que prometer desenvolver.

Sinceramente: gostava de não ter razão!

ZEQUE