Editorial 05-11-2022

Lutar, e bem, para ganhar!

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Devolvo à tarde triste a luz que me entristece

Miguel Torga

 

A Académica e Coimbra

 

O Ponney saúda a Associação Académica de Coimbra, pelos seus 135 anos, feitos no dia 3 do corrente mês.

É a mais antiga associação académica do País e uma das mais prestigiadas do mundo.

Pelos seus corredores passaram, aos longo destes anos, as mais ilustres figuras do país.

 

Coimbra tem tudo o que é preciso para estar no topo (como já esteve) das cidades nacionais. Até porque, continua a ser a capital de Portugal.

Infelizmente, a inveja, o desleixo, os coimbrinhas, os maus governantes e não só, atiraram-na para uma posição que não é o seu lugar.

Coimbra tem, por metro quadrado, mais cientistas, e com provas dadas, que o país inteiro. Todos os dias, jovens e menos jovens da nossa Universidade (sem fazerem greves)  com o seu saber, sem renumeração acrescida, sem horário de trabalho, se entregam à pesquisa com êxito nas mais diversas áreas.

 

E. voltando ao início deste Editorial, há na AAC um organismo autónomo de futebol: A velhinha Académica, com o seu losango ao peito, que nesta altura anda pelas ruas da amargura.

Desceu, o que nunca tinha acontecido, à 3ª. Liga do futebol profissional, devido à má gestão da última Direcção, cujo seu maior propósito. Parece, foi o de delapidar o património a favor de amigos e deixar dívidas, atrás de dívidas.

Pela nova Direcção foi pedida a insolvência!!!

Castelão de Almeida, fundador do Ponney com o propósito de Acompanhar a Académica, deve dar voltas e reviravoltas no túmulo ou no lugar etéreo em que se passeia.

Sabemos que há gentinha que se diz academista, mas que, ao longo de anos, apenas e só se serviu da Académica e, pior ainda, ajudou à derradeira descida e à derradeira falência.

O Ponney continua a Acompanhar a Académica e a louvar ou a denunciar sempre que necessário.

 

Hoje houve jogo no Municipal – Académica vs Vitória de Setúbal FC e com um novo treinador a comandar as tropas, o Zé Nando, um homem da casa, um bom jogador quando envergava a camisola da BRIOSA.

Que consiga tirar-nos deste sufoco: a sua estreia, hoje, foi promissora. Três golos a zero à credenciada adversária é bom prenúncio.

O Ponney deseja as maiores venturas ao Zé Nando.

 

E para terminar, lembrei-me de que, quando miúda e comecei a ir ao Municipal, se cantava:

Anda lá Académica

Anda lá para frente

Mete lá um golo

P’ra animar a gente

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Fotografia: João Almeida - Fotógrafo

Maria Leonor Correia