Editorial 24-08-2019

Enganos?

Quis pôr as ideias em ordem, mas não consegui. Confuso, olho o mundo que me rodeia, um mundo de desonestidades e mentiras, de ideias loucas.

Não é o meu mundo. Não é o meu este país de treta em que a sem-vergonhice campeia e a ditadura lança amarras, quer para se segurar quer para anestesiar o povo que sustenta as “famílias” videirinhas que o governo.

Que raio de país é este em que um governo – melhor, uma geringonça – que se apregoa de esquerda se alia a entidades patronais para amordaçar um grupo de trabalhadores que apenas lutam pelos seus direitos?

A partir de agora, uma nova doutrina, bolçada por um governo PS, PCP e BE, e acolitado pela Panca de um serventuário, a nova doutrina social – talvez “sucial” lhe assente melhor – visa estabelecer que uma greve, a mais eficaz arma de quem trabalha, não mais poderá causar qualquer transtorno  a nenhum cidadão, pois, a causar, o governo, para pôr a malta na ordem, poderá impor “serviços mínimos”  ou, até, requisição civil.

A apetência do governo pelo grande capital – relembre-se Sócrates e Costa – está bem exposta no apoio à ANTRAM, ou, dito de outra maneira, a esquerda, esperançada numa vitória nas eleições de Outubro, enterrou as greves.

Não compreendi lá muito bem o despacho do governo enviado às escolas sobre a identidade de género e a brincadeira do não-sexo que as manas Mortágua, não tendo mais que fazer, apregoam.

Rapazes vestidos de raparigas, raparigas vestidas de rapazes, balneários e casinhas de Iscas Saborosas comuns de dois, ou de mutos, só podem transformar os estabelecimentos de ensino em “sociedades” circenses. Se a isto acrescentarmos o “amor livre”, e em liberdade de espaços, a despenalização da pedofilia, do consumo e venda de droga, e o casamento entre humanoides e animaloides, acrescentando-lhes a permissão de invasão de casas alheias, correndo com os legítimos locatários, então o mundo tornar-se-á paradisíaco.

O despacho governamental é muito mais que um abuso de confiança que trai, em muito, a confiança que os pais depositam na escola – ou são obrigados a depositar – para a instrução e educação dos seus filhos; é a pretensão de instalar o caos.

Viver e deixar viver faz parte da minha formação; todavia, isto carece de ser aplicado a todas as partes. Sem bandalheiras nem desonestidades “revolucionárias”.

Não pactuo nem pactuarei com dislates; ou só disparates.

ZEQUE