Editorial 31-08-2019

 Os donos disto tudo

Parece que os donos disto tudo são apenas umas cinco ou seis “famílias” e as suas ramificações, que fazem do país o seu “trono”, apadrinhadas e alcandoradas ao topo governativo de um país acéfalo mercê dos seus assentos numa sociedade secreta a que alguns, para suavizar, tendem a chamar discreta.

Falo por mim: a imprensa devia ser imparcial e tratar toda a gente da mesma maneira, mas não consegue. Por motivos vários..

A ver bem, o caso do Ponney e de outros similares é especial, pois, a sê-lo, não poderiam humorizar; e o humor recomeça a aparecer, ainda que com algum medo, pois o DDT, célebre insecticida até há uns tempos, está mais uma vez na moda.

Vamos brincar aos bocadinhos, pois não é época de “bolinhos, bolinhós”, que esta só virá em força lá para os dias de todos os santos e dos finados, já com o “novo” governo em actividade e a mostrar quanto vale, pois a entrada vai ser de leão ou de águia, de asa depenada, se houver uma nova geringonça. Entretanto, leão velho, desdentado, o atual ainda vai achincalhando os parceiros e os adversários.

Segundo se diz para aí, Flor Pedroso, uma das donas da RTP do PS, “censurou” uma reportagem de Sandra Claudina – uma jornalista com um quarteirão de anos de serviço – em que transmitia as declarações de um agente policial do “Movimento Zero”. Se o corte do direito de opinião não é censura, vou ali e já venho, como diz o povo quando quer evitar um palavrão.

Como dizia não sei quem – Costa, se não me falha a memória – se o PC é um partido de massas – não se referia, de certeza, à da reforma agrária – o BE é um partido de mass media. E é bem verdade. Na verdade, tem o favor de grande parte da “media”, e provoca, a cada instante, todo o “esforço” para aparecer. E não o faz em vão: há jornais e canais de TV – os que lhe interessam – que vão atrás dela como cãezinhos domesticados. E nem necessita de trela

Trump, esta semana, não esteve muito na baila”; em contrapartida, além de Bolsonaro, que “esmurrou” as ventas a Macron, esteve na baila Boris Johnson, primeiro ministro britânico, que tirou o pio ao seu “parlamento”. Um vândalo, chamou-lhe a nossa “massa crítica”, que de encefálica pouco ou nada tem, que ainda não se apercebeu de que o mundo não é o que ela “pensa”, mas sim o que os outros querem.

Na baila, mais um “caso” do governo Sócrates-Costa: um ex-acessor de Pinho, João Conceição, recebeu do BCP mais de 153.000,00 euros sem nunca á ter posto os pés nem ter feito puto, ou dito de modo mais popular e menos “académico”, sem ter feito a ponta de um corno. Fantástico. Ao menos podia ter feito como o chefe, que esse, esse, esse… pôs, com uma mão, uns corninhos na testa para impressionar os seus pares da assembleia.

Isto continua a aquecer; e para não chegar ao rubro, o PS, ainda geringonça, já ateou a censura.

Morreu o dr. Carlos Carranca, poeta, prosador, cultor do fado de Coimbra e outras tradições académicas, Professor universitário, e, embora esporádico, colaborador de O Ponney.

Não teve, por certo, tempo de, como Camões, dizer “morro, mas morro com a pátria”. Que descanse em PAZ lá no Olimpo ou noutro Céu que escolher.

Os nossos – meus e da equipa do Ponney – pêsames à família enlutada.

ZEQUE