Editorial 30-12-2017

 

Sai 2017 entra 2018

O tempo é assim: para uns passa rápido, para outros nunca mais passa.

Por mais que queira, não consigo desligar de Coimbra e dos seus achaques. Bem sei que a nível nacional, exceptuando Lisboa e Porto onde o dinheiro nasce em cada cavadela e chove a toda a hora e momento as coisas também não correm da melhor maneira, mas lá se vão endireitando, ainda que fingindo só. Cá por Coimbra, nem fingem nem andam: a cidade parou! E mesmo que as freguesias a queiram pôr a mexer, a “burocracia” camarária e o custo das licenças afastam o mais temerário.

Costa, que gosta muito de Coimbra, dizem os apaniguados, faz-me lembrar o que me dizia, e ainda diz, um ex-dirigente da Académica, ainda não OAF: “Eh, Zé, sempre que eu ia a qualquer sítio de Lisboa, ministerial ou afim, tratar de um assunto da académica, e ouvia um <meu caro, vou tratar-lhe do assunto com toda a urgência; eu até gosto da Académica>, eu pensava logo comigo: estamos feitos…”  E assim era, assim é e assim será. Lisboa e aquelas gentes têm medo da Lusa-Atenas. Porquê? Complexos.

Urge reparar a linha do de caminho de ferro do Oeste. O concurso que devia ter sido lançado há mais de um ano, ainda não aconteceu. Nem acontecerá. Espero que, à semelhança do ramal da Lousã não lhe arranquem os carris para, daqui a anos, começarem a falar em metrobus, um metro com medida incerta, inserto não se sabe bem como.

O aeroporto internacional, sonho de Machado, não anda nem desanda, nem se sabe onde nem por onde nem aonde. O melhor, obviamente, seria arrasar a zona da Av. Fernão de Magalhães e construir lá o aeroporto, mas, para isso, seria necessário deslocar s Cindazunda, ou Linda Bunda, que, apesar de agachada há um ror de tempos e com largos descuidos, ainda não conseguiu – valha-lhe a saia rodada -  completar as necessidades. E no entanto, um novo, ou remodelado é necessário.

Na verdade, Conímbriga é tida como uma das “Sete novas Maravilhas do Mundo”, significando que, se bem badalada, vai chamar inúmeros turistas, que procurarão Coimbra, preferencialmente, Figueira da Foz, Viseu ou Leiria como cidade de acolhimento. Leiria tem Monte Real; Viseu quer o seu próprio aeroporto para ser uma das “portas de entrada” do país; e até João Ataíde, ingratamente, prefere o aeroporto em Monte Real a Coimbra.

Machado fala de longe em longe; no entrementes, nada; no botar faladura, nicles-batatocles.

Marcelo foi operado. A operação correu bem. Pelo menos assim o diz Barroso cirurgião por ter substituído um principiante no acto. O pior são os resquícios da anestesia, e o Tio Celito continua a despachar.

Portugal tem Maduro à perna. Por causa da empresa de Mário Lino e de outros socialistas que não lhe enviou o pernil.

Costa e os seus quinteiros continuam a engordar na proporção em que o país emagrece.

O 2017 não deixa saudades; que o 2018 seja bem melhor. Para todos, especialmente para os nossos amigos e leitores.

De Saúde, Paz e Alegria são os nossos votos.

ZEQUE