Editorial 28-03-2020

(Des) Humaninades VS (Des) Humildades: escrita (com) paixão

Das penas mais penosas da vida sobressaem as diferentes agonias do ser humano. Avista-se o dia em que a mente humana se oculta de todo o entendimento racional e se dispersa em nublosas ideologias que nos conduzem ao desespero. As actualidades não nos deixam indiferentes aos imensos atropelos linguísticos severamente marcados pelos supostamente cultos. As formas de manifestação singular alertam à perigosidade dos ventos tempestuosos causados pelos menos optimistas. Creiamos naqueles e naquelas que detêm a sapiência na qual se apoiam e deliberam os factos mais dúbios aos simples mortais, ditos inapropriados em determinada ciência. Creiamos em todos aqueles e aquelas que por outros colocam suas vidas em perigos incertos. As vidas não são as mesmas, os dias parecem ter-se prolongado em meses, os meses em anos e os anos em misteriosos séculos de vícios e manias outrora libertadas dos seus actos. Os sonhos transportam-se à vida e os pesadelos abandonaram as obscuras horas para se instalarem em luminosos minutos que nos acolhem desesperadamente saboreados em família. As ociosas maneiras de sobrevivência apoderaram-se das mais parcas oportunistas diariamente punidas, entre olhares adormecidos evadem-se as mais esclarecidas. Tenhamos a sobriedade de viver e sobreviver a qualquer atrocidade ou atropelo neste caminho já bastante sinuoso onde as escolhas nem sempre se fazem assertivamente. Sejamos coerentes em tudo o que produzimos para que o devir de toda a humanidade nos preste Gratidão.

Imagem retirada da net

 

 

                                                                                                                                                                                                                     Sofia Geirinhas, a poetisa de pé-descalço

A autora não respeita o (AO90)