Editorial 23-03-2019

É só desgraças

Dá uma pessoa uma espreitadela aos jornais e só lê desgraças: é pancada familiar; abusos sexuais, violência doméstica, dívidas e mais dívidas de uns poucos; e dívidas astronómicas de uns tantos, que se riem para tudo e de todos, que ninguém lhes vai tocar. Percebem-se bem os compadrios dos “filiados” em socratismo e derivados.

Em Moçambique, que foi colónia e província ultramarina portuguesa, abateu-se a desgraça com centenas de mortos, quase dois milhões de desalojados, sem comida nem medicamentos. Ambiente catastrófico.

No Brasil, depois da prisão de Lula, cuja “inocência” foi defendida pelas esquerdas de Portugal e do Brasil, foi agora a vez de Temer ir também bater com os costados na prisão, sem que a imprensa o defenda ou acuse. As armas de defesa devem estar guardadas para Wilma.

Em Angola, as coisas estão correm de feição ao presidente: tudo se vai resolvendo sem grande alarido, com uma ou outra prisão à mistura.

Os espanhóis querem ser os “donos” da “odisseia” do nauta Fernão de Magalhães, que circunvalou a Terra por mar. Certo que foram os espanhóis que lhe pagaram a viagem, mas el nunca “vendeu” a nacionalidade.

Foi há 500 anos que cometeu a proeza de provar que a Terra é redonda; nos tempos que correm, há uns “músicos” que querem mostrar que o planeta que habitamos é plano. E não deixam de ter razão, pois as planícies são-no.

Marcelo, o presidente e não qualquer outro, parece estar em queda de popularidade: num dos seus “passeios” habituais, foi recebido com apupos e insultos por um grupo de lesados do BES: os pilantras que levaram os bancos à falência, roubando-os, continuam por aí na vida airada, “protegidos” pelo governo e pela “justiça” supervisionados pelo Ti Celito.

Dói. Dói tanta pantominice.

Está-se a caminho de uma ditadura. Amarrado de pés e mãos, amordaçado sabe-se lá porquê e por quem, o PR refugia-se nas suas passeatas, não do “vai” mas do “esteve”, normalmente do “está”. E, ante o seu silêncio, Costa e o seu governo de famílias nepotistas estão a organizar o país de modo a, dentro em pouco, serem donos e senhores desta terra a que o 25 de Novembro de 75 devolveu a liberdade de ser e estar.

Louco? Reparem bem: já há filhos, irmãos, afilhados, genros e cônjuges no governo. Curiosamente, ninguém arrisca levar a sogra. Porquê?

Pudera, poderia destruir a união… e lá se ia o programa ao ar.

Boa semana.

ZEQUE