Editorial 16-06-2018

Será de pasmar?

Faz um ano em que, com Costa a banhos e ante a sua indiferença, o país viveu uma das maiores tragédias de sempre, com um sem número de mortes provocadas pelos incêndios que arrasaram o centro de Portugal: Passado um ano, não obstante as promessas e a indicação de muitos “donativos”, a desgraça, sem graça nenhuma, aí está à vista de todos, com as pessoas abandonadas à sua sorte, ou, mais concretamente, entregues às suas misérias enquanto Costa e uma luzidia comandita de pavoneiam pelos States.

Houve “foguetes” em Alfarelos e Pampilhosa que já foi do Botão com as suas gentes indiferentes à modernização inaugurada da via férrea, não secundando a euforia do fingido Pedro Marques, um dos tais ministros que não olha a direito, e que, quando tenta rir, apenas esgara.

Machado anda feliz. Agarrado ao passado, deita esfrega as mãos de contente: a Coimbra B, mais apeadeiro que estação, envelhece cada vez mais, podendo, em breve ser incluída nos roteiros “culturais” da cidade que foi de D. Afonso Henriques.

Da ligação da A13 (em Ceira)– o azar mais ma vez a bater às portas de Coimbra – ao IP3 (em Souselas) já ninguém fala. É certo que os terrenos – ou as pontes – para a construção das aerovias para o aeroporto condicionam todas as iniciativas da edilidade, e a força política também. Mas, que diabo, ao menos venham de lá mais umas mentiras para fazer rir a malta.

Segunda-feira, dia em que se cumprem 41 anos apõs o falecimento de Elysio de Moura – parece que foi ontem – vai ser mostrado o novo projecto da Casa da Infância, devendo ser alargados os espaços museológicos. A obra merece-o.

Começam a chover greves em tudo quanto é profissão; e o governo-caloteiro afunda cada vez mais o país: os discípulos de Sócrates sabem o que estão a fazer.

No meio de tanta desgraça, alguma coisa havia de correr bem: Ronaldo conseguiu empatar uma Espanha brilhante na cavalgada para o título de campeão mundial de futebol. Desamparado, fê-lo com classe e arreganho; foi ele próprio: um gigante. E nós, os que assistimos ao jogo através da televisão – que não é o mesmo que ao natural – ficamos a pensar  até que ponto se aguentará a selecção de Fernando Santos; e, também, se alguém tem dúvida de que a Espanha seria a campeã do mundo se no seu seio tivesse Ronaldo. Nada de derrotismos: com Ronaldo em forma, apesar dos inexperientes que o cercam, SEM PASMAR,Portugal poderá ir longe, poderá ganhar a Taça.

Figas contra o mau olhado.

ZEQUE