Editorial 14-07-2018

 

É SÓ FOLCLORE

Costa, a quem alguns carinhosamente tratam por Ovo, continua nas suas jornadas de folclore.

Neste resto de semana foi até â Pampilhosa da serra oferecer aquilo que não pode dar: pólen para as abelhas fabricarem mel. Muita parra e pouca uva, tenho a certeza, qu Costa fala e promete com o mesmo à-vontade com que um canino alça a perna junto a uma árvore num descampado.

Coata que, nos seus discursos, nunca usa um vocabulário superior a 40/ 50 palavras, terá dito que, no interior do país, o investimento público e privado não terá sido inferior a 3,5 mil milhões de euros.

Falacioso, não separa as duas parcelas - pública e privada – enganando assim os portugueses de outras bandas do país, pois os naturais das zonas ardidas sabem que as suas palavras são fantasiosas, saídas de algum sono muito sonhado.

Aproveitando o passeio para “fingir” uma reunião do Conselho de Ministros, Costa, “preocupado” – MUITO! – com a revitalização do interior e a reforma da floresta, pelo que, nesse sentido, o CM – Conselho de Ministros e não Correio da Manhã -    deverá – note-se, deverá - aprovar o Programa Nacional de Ordenamento do Território, fazer um balanço – ou balancete? – do Plano Nacional de Coesão Territorial e lançar o Plano de Valorização do Interior e aprovar o conjunto de Planos Regionais de Ordenamento Florestal.

Só de escrever perdi o fôlego; o mesmo terá sucedido a Costa ao dizê-lo, de tal modo que, a quem ouviu, a questão terá entrado por um ouvido e saído pelo outro, doença de que os membros do governo.

Ao olhar a floresta que o circundava, ideando a sua “reformulação”, será que Costa não terá pensado numa “plantação” de galinhas, fonte inigualável de adubos orgânicos para os terrenos arbóreos, e sustento de raposas, cada vez mais, que “agasalham” os alunos dos vários ciclos do ensino português.

Mal vai uma Nação quando o seu estado é discutido na assembleia , e da parte do primeiro-ministro não existe uma palavra sobre a questão geográfica, e, menos ainda, sobre a questão melindrosa da contagem de serviço dos professores, classe profissional achincalhada por um ministro desavergonhado e não defendida pelo chefe-mor de uma entidade sindical, ao que se diz, amigo de peito, o mesmo que dizer-se, como sói, amigão do ministro da má-educação.

De Coimbra, nada a dizer: de pedra em pedra lá vai a cidade a caminho da… queda.

ZEQUE