Editorial 13-10-2018

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Incongruências

Nunca percebi muito bem o que é isso de responsabilidade política. A primeira vez que ouvi falar nisso foi quando uma ponte arreou com o peso de um autocarro cheio de gente que mergulhou no rio e tirou a vida a dezenas de pessoas.

Era ministro o celebérrimo “catapluta” ou “quem se mete com o PS leva”, que aproveitou o facto para dar às de vila Diogo e ir ganhar balúrdio numa empresa de obras públicas, que, por acaso, até trabalhava para o estado, onde foi ganhar milhões, pensa-se, pois ninguém lhos consegui contar.

Depois houve uns arremedos de pedidos semelhantes, mas ninguém desandou, que isto de fazer a vontade aos outros, contrariando a nossa, não é lá muito louvável.

Com o roubo de armas e outro material de guerra, de imediato o ministro com cara de bolacha maria começou a andar nas bocas dos “inimigos” que pediam a sua demissão, e na de Costa que jurava a pés juntos - não sei se com os dedos cruzados atrás das costas – que o ministro tinha toda a sua confiança. Tanta certeza, claro, era para desconfiar, uma vez que D. Marcelo, nos seus sorrisos ou risos esgáricos, afirmava, também ele, que o “assunto de Tancos” tinha de ir até às últimas consequências. E sendo assim…

O pior é que a Polícia Judiciária Militar se pegou com a PJ civil, aqui-del-rei que o sr. ministro sabia de tudo, etc., etc. e pumba, catrapumba, lá vai o ministro à vida, chorosamente dispensado pelo irredutível Costa, e com o beneplácito do campeão das “selfies”

Se a nova PGR cumprir o que prometeu, isto ainda vai dar muito que falar…

Em Coimbra, Machado garante um arranjo “inovador” para o Largo de Celas, em que a cruz será substituída pela estátua do moçárabe Sesnando. É óbvio que Machado quer acabar com tudo que lembre o passado, mas passar o Largo da Cruz de Celas, para Praça de D. Sesnando, não será muito saudável, É certo que a Machado apetece ser um novo Sesnando, mas, para isso, terá de crescer bastante, o que se torna quase impossível, salvo se o camarada Costa, com o beneplácito de D. Marcelo, o nomear conde 2 de Coimbra, que conde 1 é o senhor bispo da urbe.

Dos barulhos que por aí continuam, aos do metro e do aeroporto acrescentam-se o do mercado MM e das antigas instalações da EDP (antes eléctrica da Lousã). E isto deixo para 2.ªas núpcias, a ver se a montanha pare alguma coisa de jeito e não apena uns ratinhos…

Balha-nos Deus, diz-me um amigo que se exprime à Porto, onde Rui Moreira trabalha para “roubar” a melhor parte da zona centro à adormecida Coimbra.

ZEQUE

 

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