Editorial 07-07-2018

 

Novidades velhas

O mundo gira certinho nas suas vinte e quatro horas,mas os acontecimentos saltitam, atropelam-se, e o que agora é verdade amanhã pode ser mentira, ou como dizia o Pimenta Machado, o que ontem era verdade hoje é mentira.

Não sei se este Machado, de Guimarães, sempre tratado por dr. e advogado tem algumas ligações – familiares, acentue-se para não haver más interpretações – com o Machado de Coimbra, mas parece-me que não; a haver mais seria com o outro Machado, o Mesquita, de Braga.

Dos três Machados, o Pimenta era um “aldrabão” de primeira apanha, filho de pai muito rico, intocável nas tramas e ardis; o de Braga, entrou pobre na política e saiu muito rico, não por jogadas perigosas, dizem, mas por oportunidades de negócios. Do de Coimbra ninguém fala por fazer mas sim por não fazer, por deixar que a cidade se afunde na tabela classificativa. Valha-lhe, dizem, a nobreza de carácter. Dizem também de fabulador. Quando alguns sem qualquer espécie de valor têm estátuas a “dobrar”, em Coimbra têm-se esquecido de Mendes Silva. Todavia, o Dia do Município deste ano ficou assinalado pela inauguração do jardim Mendes Silva, na Solum, novo espaço verde, que, apesar da sua simplicidade, honra o homenageado, o último presidente da edilidade a sério que a cidade e o concelho tiveram. Pouca coisa, é certo, mas sempre é alguma coisa.

Pedro Machado – outro Machado, mas dos bons – continua líder do Turismo do Centro. Com a fuga de Aveiro para a Zona Norte para servir de muleta ao Porto, é boa altura da sede do Organismo regressar a Coimbra, reafirmando esta cidade como capital do Centro.

Machado, o Manuel, prepara a sucessão. Cidade é o escolhido. Dentro do pequeno baralho é, na verdade, o melhor de todos. Que a passagem de testemunho se faça em breve são alguns dos meus desejos.

Vou poder continuar a assistir a toiradas. O Parlamente “aprovou-as”. Há lá espectáculo mais de homens – também já há mulheres – que uma toirada à portuguesa?

Há, sim, há: o espectáculo de certos deputados.

ZEQUE