Editorial 04-06-2022
Tua eterna Mente
Naquele dia tudo parecia perfeito. Os dois, juntos, apaixonados, olhando-se olhos nos olhos e dizendo palavras de amor.
A noite caindo e chegavam abraços, beijos e outros carinhos iam embalando aquelas duas almas famintas de carne. As mãos começavam a balear todos os recantos daquela fina silhueta.
Os rostos tocavam-se desinibida Mente, as forças permaneciam intactas e os estômagos esvaziavam-se das últimas ceias.
Naquele dia tudo parecia perfeito. Os dois, depois um, amando-se infinita Mente.
Outro dia nascendo entre caricias, sussurros ternos, sentimentos que transbordavam dos olhares que cruzavam após léguas de amores.
Nem sempre sentiam a sintonia das baladas que habitualmente os embalavam, mas temiam que tudo fosse um conto de fadas.
Na noite, a última que se avizinhava carinhosa Mente feliz, os braços afastavam as caricias, os beijos queimavam de ódios e, o que outrora fora amor, tornava-se simples Mente em lembranças.
Naquele dia tudo parecia imperfeito…
Autoria de Sofia Geirinhas
A poetisa de pé-descalço
Não respeita o AO90
Cébazat, dia 4 de Junho de 2022
Imagem retirada da net