QUEM NÃO QUER A ACADÉMICA NA 1ª?

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Tudo como dantes...no “Cidade de Coimbra”.
Sucessão de jogos com equipas aflitas, do fundo da tabela...e vitórias, nada!

Hoje foi a vez de o Porto B, por acaso o último classificado, vir arrancar um empate, muito importante para eles, bem frustrante para nós.
Não foi surpresa para ninguém, pois é a repetição daquilo que tem sucedido nos últimos tempos.

Uma boa entrada, um golo madrugador do inevitável Bouldini, um golo eventualmente mal anulado ao Sanca, e, logo de seguida, o habitual apagão, a permitir a reação do adversário que, com naturalidade, chegou ao empate e ainda criou  ocasiões para virar o resultado.

Ingenuamente, ainda acreditei que para a 2ª parte viria uma Académica com outra atitude, revigorada, mandona, decidida a tomar conta do jogo, determinada na busca dos três pontos. Pura ilusão. Assistiu-se a um jogo equilibrado, com o último da classificação a lutar de igual para igual, disposto a correr alguns riscos para poder ir além do empate e a Académica sem a garra e a ambição que seriam de esperar e de exigir a uma equipa que supostamente pretende subir de divisão.

Mas será que quer mesmo? A subida é mesmo pretendida, ou prevalece ainda, pese embora o percurso brilhante que em Janeiro nos levou ao 1° lugar, o objetivo minimalista traçado no início da época, de uma temporada tranquila, sem as aflições do fim da tabela, mas, também, sem as ansiedades e as responsabilidades dos lugares cimeiros? Haja alguém que responda, pois nós, os adeptos, bem gostaríamos de saber com o que podemos contar, para não andarmos em busca de sonhos que, afinal, são proibidos e nos estão vedados.

 O que pensar de uma equipa que em momento algum acelera verdadeiramente o ritmo, para obter um resultado favorável? E o que pensar do grau de ambição do treinador que, aparentando satisfação com o empate, só lança mais um avançado ao minuto 91 (!)?

O resultado de hoje foi a sétima machadada (nas oito últimas jornadas) nas ambições de chegar ao fim em posição de subida. O trajeto a percorrer é cada vez mais curto, o desbaratar de pontos cada vez mais irrecuperável, as esperanças cada vez menos convictas. A não ser - e vou-me agarrar a esse se - que o problema da Briosa seja nos jogos com aquelas equipas mais fracas que batalham arduamente pela manutenção. Se assim for, as notícias são boas. Daqui para a frente só teremos jogos com adversários fortes, ainda com aspirações à subida (Arouca, Chaves), ou que já estão tranquilos na classificação (Casa Pia, Mafra, Benfica B, Leixões).

Será que, por solidariedade, somos fracos com os fracos, mas que, por brio, somos fortes com os fortes? Vamos esperar que sim e que o caminho que falta seja marcado por aquelas vitórias que nos foram acompanhando durante tanto tempo e que agora andam tão arredias e de que já temos tantas saudades.
Foto: ROGÉRIO FERREIRA/KAPTA (Zerozero)

                                                                                                                                                                                                                                 Jorge Pedroso de Almeida