Desaire

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Não vou dizer que estou decepcionado, que não, não estou. Tudo foi natural: a Académica, para manter a chama da / na subida, não podia perder pontos e o F. C. Porto, para se manter, também não.

Para desenrolar este imbróglio, foi o que se viu: uma Académica a entrar de rompante e afoita e marcar um golo, a ver outro anulado, e sentir que o árbitro – sempre o árbitro – perdoou uma grande penalidade à equipa forasteira.

A partir de aí, os adversários impuseram o nome das camisolas, carregaram, carregaram, marcaram o golo da igualdade, e a equipa da casa encolheu-se e passou a explorar o contra-ataque, com alguma produção e basto azar à mistura.

Pelo contrário, os adversários pressionaram, fizeram correr a bola por toda a largura do campo, e também desperdiçaram algumas oportunidades. Contudo, Sanca e Bouldini mereciam mais.

 

Tal como tem sido habitual nas últimas jornadas, António Folha, treinador dos dragões, reforçou o seu conjunto com alguns reforços da equipa principal. Na verdade, Malang Sarr, João Mário e Carraça não foram convocados para o jogo da Liga em Tondela e juntaram-se, novamente, à comitiva do conjunto B para a deslocação ao estádio da Lusa Atenas.

Não obstante os “reforços”, foi a Académica que entrou melhor no jogo e chegou à vantagem à passagem do minuto 10, por intermédio de Bouldini: o camisola 10 da Briosa, recebeu um passe de Sanca e teve tempo e espaço para preparar o remate para o fundo da baliza de Ricardo Silva. A resposta dos azuis não tardou e o empate surgiu na sequência de um lance algo confuso – houve muitos protestos por parte dos atletas da Académica -, aos 17 minutos, com a bola a chegar aos pés de Mor Ndiaye, depois de uma primeira tentativa de remate de João Mário. -, e o médio senegalês rematou fora do raio de ação de Mika.

 

Na segunda parte, o jogo continuou cá e lá, com a equipa nortenha a dispor de mais oportunidades, mas, do outro lado, estava Mika: o guarda-redes da Académica aguentou o barco em momentos de maior aperto, enquanto os seus companheiros mostravam muita dificuldade para chegar com critério à baliza contrária.

Um reparo final: ao contrário dos adversários, os jogadores escorregavam com muita facilidade na relva encharcada pela chuva. Defeito das “chuteiras”?

 

Jogo no Estádio Cidade de Coimbra/ EFAPEL

 

Académica - FC Porto B, 1-1 (ao intervalo: 1-1)

 

Marcadores: 1-0, Bouldini, 09 minutos; 1-1, N'diaye, 17.

 

Equipas:

- Académica: Mika, Fabiano, Rafael Vieira, Silvério, Mike, Diogo Pereira, Traquina (Dani, 90), Guima, Fabinho (Chaby, 69), Sanca (Mayambela, 74) e Bouldini.

 

- FC Porto B: Ricardo Silva, Rodrigo Conceição (Gonçalo Borges, 87), João Marcelo, Malang Sarr, Carraça, N'diaye (Tiago Matos, 81), Rodrigo Valente (Diogo Ressureição, 90+1), João Mário, Bernardo Folha, Boateng (Rodrigo Pinheiro, 87) e Namaso.

 

Árbitro: António Nobre (AF Leiria) – arbitragem ao estilo de António Garrido… com, como foi evidente, prejuízo para a Académica

 

Assistência: Jogo realizado à porta fechada devido à pandemia de covid-19.

Foto: ROGÉRIO FERREIRA/KAPTA

 

A-CA-DÉ-MI-CA

ACA-DÉ-MICA

ACADÉMICA

 

BRIIOOOOSAAAAAAAAAA!