Da Académica

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Desde que me lembro que sou da Académica. Contudo só me fiz sócio no ano de 1988. Nesse ano, era advogado da então Edições Asa e contactei o então Presidente da Académica para propor a edição do livro ”A Académica”, projecto que só se concretizou alguns anos depois graças ao árduo trabalho do nosso saudoso Embaixador José Fernandes Fafe. Nessa altura contactei com Mendes Silva, um bom amigo, falecido num estúpido acidente de viação, que ia assumir a presidência da Briosa. Nestes trinta anos aprendi que a Académica é uma Instituição única, que tem adeptos dedicados como mais nenhum emblema desportivo tem. Conheci indefectíveis académicos e histórias lindíssimas que as podias contar durante horas e horas. Infelizmente, muitos dessss indefectíveis académicos já partiram do nosso convívio. Vou contar uma história que acho que é única no mundo. Um indefectível académico, que agora tive uma branca e me falha o nome, o que é grave, decidiu casar em Lisboa. Sucede que a Académica vinha jogar a Lisboa na hora da boda. O nosso amigo decidiu pegar na noiva e discretamente levou-a para Alvalade. A Malta de Coimbra, em grande número, fez uma vibrante ovação aos noivos. No fim do jogo voltaram para a boda. Conheci e convivi durante anos com este grande académico na Casa da Académica. Nos últimos anos deixei de o ver porque, infelizmente, já deve ter partido do nosso convívio. Se me casasse num dia em que jogasse a Briosa obviamente que não ia ao jogo. A minha noiva não me acompanhava e se fosse sózinho pedia o divórcio nesse dia . Como não fui já levo trinta e cinco anos de casamento. Histórias como esta só com adeptos da Académica.

João Castilho 

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