Vacina

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No dia (15/04) tocou-me a vez de tomar a 1ª dose da vacina. Ofereci o braço, sem me preocupar com o rótulo do frasquinho, consciente da preciosidade do seu conteúdo.

Pertenço a uma geração que teve a incrível felicidade de assistir a 8 de Maio de 1980 à declaração da OMS considerando erradicada a varíola, após o vírus ter dizimado centenas de milhões de pessoas em todo o mundo, durante muitos séculos. Os sobreviventes ficavam com cicatrizes que lhes desfiguravam o rosto e com cegueira.

No século XX a varíola ainda matou mais de 500 milhões de pessoas.

Mas a história da varíola, com um passado tão trágico, teve esse final feliz.

184 anos depois do naturalista e médico britânico Edward Jenner (1749-1823) ter demonstrado os efeitos benéficos de uma vacina, pudemos comemorar um dos maiores triunfos da história da medicina. Mas tal só foi possível porque as pessoas recorreram em massa à vacinação, a que não foi alheio o facto de a maioria dos países do mundo ter declarado a vacina obrigatória.

A eficácia da vacina contra o vírus SARS-CoV-2está demonstrada nos testes e na aplicação que já foi feita em países onde a vacinação está mais adiantada.

Há alguma alternativa à vacina? Há, é confiar na sorte. Mas essa é uma atitude perigosa que, na linha dos movimentos antivacina e dos que negam a pandemia, não parece ser nem racional, nem ética, nem moral. É que pode continuar a custar muito sofrimento e morte desnecessários!

Só por curiosidade, no cartão lá está a informação de que levei a AstraZeneca.

Pinto Dos Santos Toni

Foto retirada da net