Destruição

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 Já é domingo. À noitinha. Remoo e sinto o gelo de uma noite quente de ventos de corridas apressadas, fortes e destruidoras, trágicas.

Ventos que zombaram da natureza humana, que, sem dó nem piedade, destruíram bens e arruinaram famílias; ventos contra os quais o homem nada pode, salvo queixar-se da sua pequenez e reconhecer, mais uma vez, a sua insignificância ante forças demoníacas que abrasam e arrasam tudo na sua passagem.

O distrito de Coimbra, mais uma vez, foi a grande vítima, com Coimbra, Figueira da Foz e Soure – três concelhos que me dizem muito! – a serem devastados, a ficarem praticamente irreconhecíveis, com danos incalculáveis.

Ontem, até à noite, Coimbra foi cidade de artesanato e lambarices; pela note adiante de medos e desassossegos, destruição.

A “quem” provocou tal estado de coisas, uns chamam-lhe o Leslie, porque furacão; outros, dizem a Leslie, porque tempestade- Prefiro-lhes a Leslie porque a destruição é feminina.

Também passou no governo: pena não ter arrasado mais!

Imagem Correio da Manhã