Coimbra e as candidaturas não partidárias.

 

Quando uma equipa de futebol ganha um jogo conquista 3 pontos. Não perde nenhum dos que tinha. Mas há quem, não percebendo o espírito do jogo, ache que a equipa que perdeu o jogo, mais se for mais forte, perdeu também os ditos pontos.

Vem isto a propósito da pacóvia ideia de que quem se candidata por um movimento independente está a camuflar a sua militância partidária e que o faz contra o seu partido. Uma candidatura a algo nunca é contra nada, não o deverá ser pelo menos, é por qualquer coisa. No caso das eleições autárquicas foi-o quer pelas freguesias e para o conjunto de todas elas, a cidade. O concelho de Coimbra teve nas últimas autárquicas duas candidaturas independentes mas as pessoas não têm de renegar o seu passado político, pelo contrário, é dele que devem partir para uma candidatura, ela sim, livre das amarras partidárias e de dirigentes que mais que candidatar-se a uma função o fazem a um cargo numa lógica de poder pelo poder. Os movimentos independentes assustam o poder instituído pelos partidos, basta ver como os adversários de campanha se uniram depois das eleições num exercício de contorcionismo que dobrou completamente a sua " flexível" coluna vertebral para perpetuar o poder, o seu poder, o dos partidos. Mas esse é um problema dos partidos e da sua , questionável, coerência. Para já testemunhos como o de um eleito por Souselas https://www.facebook.com/miguel.monteirodasilva/posts/2073327812697253 mostram que os partidos vão estrebuchar, vão inquinar, vão usar aquilo que consideram legitima defesa para sobreviver. Sim é isso que está em causa, com o exemplo do Porto e com a inépcia mostrada em Coimbra, que definha, marca passo, mirra os eleitores colocarão em causa os eleitos do costume e ao fazerem um balanço de décadas chegarão facilmente à conclusão de quem mostra ser capaz e quem foi incapaz de resolver. Quem com menos poder ou menos representatividade tanto fez e procurou fazer.Para mudar Coimbra há que mudar não só os que a têm governado mas também os que dos gabinetes dos partidos lhes dizem como o fazer.

Vamos conimbricenses, vamos mudar Coimbra, vamos conquistar os "pontos" em disputa e ninguém os vai perder, essa será uma vitória de quem ganha mas não uma derrota de quem perde, será uma vitória pela cidade, pelo concelho mas não contra os partidos e o seu limitado horizonte.

O caminho faz-se caminhando. Temos três anos e meio para caminhar e há tanto a fazer nesse caminho que não sobra tempo para pensar já em 2021, mas temos de lá chegar ainda a respirar e não “ligados à máquina”, somos todos precisos, vamos conquistar os três pontos!

Rui Rodrigues

Coimbra