CULTURA

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A Câmara de Braga, que gere um viveiro de plantas, semeou os canteiros quilométricos da Avenida da Liberdade com umas coisas parecidas com couves. “Estranhas couves,” disseram-me comerciantes da zona. E eu confirmei visualmente. De várias cores, e de tamanho e consistência e forma duvidosas, algumas com folhas que davam para embrulhar a Bíblia de Gutenberg. Na minha sopa não entrariam, com certeza.

Mas o povo, sempre esfomeado, não quis saber. Há dias, sob pretexto do São João, assaltou os canteiros e levou as couves para casa. A fome é imensa.

O vereador da cultura, perdão, do “ambiente,” consultou o director do plantário municipal e veio a público manifestar a sua preocupação. Que não serão comestíveis, disse. O vereador do ambiente de Braga não deveria estar preocupado. O estômago minhoto resiste, secularmente, a tudo. E tudo rumina e devolve à terra, imperturbável. Daqui veio Portugal. 

Imagem retirada da net

José Costa Pinto